Gaivota, praia de Ipanema, Rio de Janeiro
No final da tarde gosto de ficar sentada na areia da praia observando o movimento das gaivotas. Encantam-me com seus voos, que me transmitem uma incrível sensação de liberdade. São tão livres! Livres e felizes, fazem acrobacias oferecendo um espetáculo de rara beleza.
O espaço imenso é seu ambiente preferido, mas não podem deixar de pousar na areia da praia, para completar sua alimentação. Mesmo pressentindo a possibilidade de encontrar predadores inimigos, essa corajosa ave não se intimida e, muito vigilante, pousa na praia. Se falhar na sua precaução, infeliz terá sido sua descida, pois será presa fácil de algum inimigo natural. Se cuidadosa e atenta, feliz será seu pouso. Pegará o que precisa e novamente alçará voo, ficando na areia, até a próxima onda, apenas a marca de seus delicados passos, a indicar que ali passou uma gaivota, realizando com prazer e alegria a função de viver e participar, com a vida, do anseio de ser e existir.
HAICAI XLII
Baila a gaivota
embriagada de azul
tonta de vento
Ana Flor do Lácio
Olha o chão, do céu,
Sabe que o mar é ouro...
E o homem, réu...
Jacó Filho
Encanto no céu
Liberdade no azul
Gaivota voa.
Toninhobira