O PENHASCO
Na vastidão do alto mar
percebe-se que choveu.
Há cores no ar,
um penhasco fende as águas,
em sombras e luzes.
Num ambiente deserto,
fala a voz da natureza.
Nas ondas pequenas,
do horizonte vêm luzindo
reflexos azuis.
No levante bem distante
dois arcos são paralelos...
O tom verde-escuro,
a estender o seu reflexo,
lhes prolonga as formas.
Um arco-íris refulgura...
O oceano está calmo.
Se ali existe vida,
nos penhascos verticais,
oculta ela está.
Existem formas ilhadas,
adaptadas ao meio.
Bem depois da chuva,
a rocha ainda conserva,
sinais de umidade
e assim, constantemente
se faz a renovação...
As trocas diversas,
a esses mundos, conferem
um parco equilíbrio.
Na ausência da mão humana,
as mudanças seguem lentas.
Na altura das nuvens,
névoa difusa, espraiada,
o espaço, preenche.
O retiro é atraente,
também belo; indecifrável...
Se o espaço é desabitado
ou se há seres que pululam;
se há vida latente,
é fato que pouco importa
aos séculos que ali passam.
Milênios afora,
nas profundezas, segredos
são indiferentes.
Na vastidão da cidade
percebe-se que choveu.
Noção dela apenas;
depressa a chuva evapora
e deixa o asfalto.
A terra abaixo não sabe
das obras que faz o clima.
No céu só se avista
um cantinho colorido:
– onde está o arco?
No olhar de diversas aves
que alcançam altitudes.
As cores cinzentas,
tocam levemente o céu:
– por certo choveu.
O ar que assim foi lavado,
abriu cortinas de azul.
As ruas quietas
aguardam os transeuntes
e carros, também,
e transportes coletivos,
carregando passageiros...
Muda, essa paisagem,
em grande velocidade:
– o homem trabalha.
Destrói, como reconstrói,
a paisagem urbana.
Mudam as feições
e nada guarda segredo,
diante do homem.
Milênios ali são tudo;
por eles se conta a história.
O silêncio é falta:
– a superpopulação,
despeja seus sons...
Em meio a quatro paredes,
fala-se da natureza.
Por certo um dia,
para surpresa de todos
sobrarão as pedras.
Chove cores de arco-íris:
– são tons tristes deste renga...
nilzaazzi.blogspot.com.br
Na vastidão do alto mar
percebe-se que choveu.
Há cores no ar,
um penhasco fende as águas,
em sombras e luzes.
Num ambiente deserto,
fala a voz da natureza.
Nas ondas pequenas,
do horizonte vêm luzindo
reflexos azuis.
No levante bem distante
dois arcos são paralelos...
O tom verde-escuro,
a estender o seu reflexo,
lhes prolonga as formas.
Um arco-íris refulgura...
O oceano está calmo.
Se ali existe vida,
nos penhascos verticais,
oculta ela está.
Existem formas ilhadas,
adaptadas ao meio.
Bem depois da chuva,
a rocha ainda conserva,
sinais de umidade
e assim, constantemente
se faz a renovação...
As trocas diversas,
a esses mundos, conferem
um parco equilíbrio.
Na ausência da mão humana,
as mudanças seguem lentas.
Na altura das nuvens,
névoa difusa, espraiada,
o espaço, preenche.
O retiro é atraente,
também belo; indecifrável...
Se o espaço é desabitado
ou se há seres que pululam;
se há vida latente,
é fato que pouco importa
aos séculos que ali passam.
Milênios afora,
nas profundezas, segredos
são indiferentes.
Na vastidão da cidade
percebe-se que choveu.
Noção dela apenas;
depressa a chuva evapora
e deixa o asfalto.
A terra abaixo não sabe
das obras que faz o clima.
No céu só se avista
um cantinho colorido:
– onde está o arco?
No olhar de diversas aves
que alcançam altitudes.
As cores cinzentas,
tocam levemente o céu:
– por certo choveu.
O ar que assim foi lavado,
abriu cortinas de azul.
As ruas quietas
aguardam os transeuntes
e carros, também,
e transportes coletivos,
carregando passageiros...
Muda, essa paisagem,
em grande velocidade:
– o homem trabalha.
Destrói, como reconstrói,
a paisagem urbana.
Mudam as feições
e nada guarda segredo,
diante do homem.
Milênios ali são tudo;
por eles se conta a história.
O silêncio é falta:
– a superpopulação,
despeja seus sons...
Em meio a quatro paredes,
fala-se da natureza.
Por certo um dia,
para surpresa de todos
sobrarão as pedras.
Chove cores de arco-íris:
– são tons tristes deste renga...
nilzaazzi.blogspot.com.br