(pacote)

Um de que me orgulho

É o verso que, embora adverso,

É salto e mergulho!

Desculpe este (f)rio –

Sem calo na voz, se falo

De amor, balbucio!

Se meu ser te gosta?

Do olhar, já se vê saltar

Luzente resposta!

Sem luta (afinal:)

E luz, a um bardo propus

Ser peixe abissal!

Rubra flor, acende o

Meu breu (quase dia) o teu

Orvalhado incêndio.

A flor (seminua:)

Distante! Mas um instante,

Olha a mesma lua.

Quem me retifica,

Irmão? Se há versos que são

Luvas de pelica!

Teresina, 26 de Dezembro de 2008