CAMINHONEIRO
tudo o que é hélio
desmancha-se no ar
vai para outro lugar
(da série "haicaos" - quando iniciei meus primeiros haicais - ou hai-kais, ou haikais, ou haikus, e até mesmo os tankas; como queiram - preocupava-me muito com a forma, a contemplação, a captura do instante, o ritmo plácido; a niponicidade enfim, da apreensão de um momento único, como o voo de uma borboleta, exclusivo, numa manhã outonal de sábado, sob a goiabeira. Hoje não: pratico haicaos, no texto e na vida)