A amizade da Lua

Um dia como outro qualquer, por certo, em que a primavera vige, estou a observar uma galega com duas crianças a brincar; ao fundo, um lago emoldurado por um céu cinzento, em que restam ainda umas poucas nuvens que são levadas por um suave vento, o qual, de passagem, toca e faz vibrar os fios de cabelo das três. Incólume e à distância, vejo a lua, contraída e luzindo pouco brilho, como que - também - a observar as peripécias divertidas logo abaixo e, quem sabe, desejosa de descender e participar daquele momento prazenteiro, porém, talvez tenha dificuldades de enturmar-se. Despretensiosamente, aquela galega "Luzia" até busca, de certa forma, uma aproximação; estende o braço, tentando com ela interagir, e, por muito pouco, não consegue tocá-la. Tivesse ela um pouquinho mais de tempo, já que a tarde caminha para o fim e a noite avizinha-se, quero crer que conquistaria a amizade da lua.

 

dia desvanece

hora de dizer adeus -

lua fica só