Erros de Gramática e de Pronúncia de Inglês Cometidos por Falantes Nativos de Inglês (Norte-americanos, Britânicos, etc.)
Embora os falantes nativos de inglês tenham um domínio intrínseco da língua, isso não significa que estejam imunes a cometer erros, seja na gramática, na pronúncia ou até mesmo em ambos. Muitas vezes, os erros cometidos por nativos da língua inglesa são resultado de hábitos regionais, variações culturais e características específicas dos dialetos e sotaques. A seguir, vamos explorar alguns dos erros mais comuns que falantes nativos, como norte-americanos, britânicos, canadenses e outros, cometem em relação à gramática e à pronúncia. Leia o texto Falantes Nativos de Inglês Não Se Consideram Superiores e Nem Melhores do que os Falantes Não Nativos de Inglês: Eles Também Admitem Que Erram ao Pronunciar e Escrever em Inglês clicando no link https://www.recantodasletras.com.br/gramatica/8286041.
Erros de Gramática Comuns
1. Uso incorreto de tempos verbais
Apesar de falantes nativos terem uma intuição bastante refinada sobre os tempos verbais, eles ainda cometem erros com frequência, especialmente quando se trata de tempos compostos e verbos auxiliares. Um exemplo clássico é o uso errado do presente perfeito. Em inglês, o presente perfeito é usado para indicar ações que ocorreram no passado e ainda têm relevância no presente, mas muitos falantes nativos, especialmente britânicos, podem optar por usar o simples passado, que, em algumas situações, resulta em uma escolha gramatical errada.
Exemplo de erro:
Errado: "I already ate lunch." (Deveria ser: "I have already eaten lunch.")
Esse erro ocorre porque o verbo "ate" está no passado, mas a ação tem relevância no presente, o que exige o uso do presente perfeito ("have eaten").
2. Uso incorreto de preposições
As preposições em inglês muitas vezes não seguem uma lógica fácil de entender, e isso gera erros frequentes até entre nativos. Um exemplo disso é o uso incorreto de preposições após certos verbos. No inglês britânico, por exemplo, é comum ouvir expressões como "I’ll meet you at the station," mas em outras variantes, como o inglês norte-americano, seria mais comum "I’ll meet you in the station."
Além disso, as expressões idiomáticas que incluem preposições muitas vezes não têm uma tradução direta, o que pode levar a confusão, até mesmo entre nativos.
Exemplo de erro:
Errado: "I’m looking forward to see you." (Deveria ser: "I’m looking forward to seeing you.")
3. Erro com “less” e “fewer”
Outro erro comum entre falantes nativos de inglês, especialmente norte-americanos, é o uso incorreto de “less” e “fewer”. “Less” é usado para quantidades incontáveis, enquanto “fewer” é utilizado para quantidades contáveis. Embora a distinção seja clara, muitas pessoas acabam utilizando “less” quando o correto seria “fewer”, e isso pode ser observado com frequência em situações cotidianas.
Exemplo de erro:
Errado: "There are less people in the room." (Deveria ser: "There are fewer people in the room.")
4. Uso incorreto de "who" e "whom"
Embora os falantes nativos de inglês saibam intuitivamente quando usar "who" e "whom", é muito comum que, principalmente entre jovens e falantes de inglês informal, "whom" seja evitado em favor de "who", mesmo nos casos em que "whom" seria o mais adequado.
Exemplo de erro:
Errado: "Who did you give the book to?" (Deveria ser: "To whom did you give the book?")
Esse erro reflete a tendência de simplificar estruturas linguísticas na fala cotidiana, algo que pode ser observado mais fortemente em determinadas variações do inglês, como o inglês norte-americano.
Erros de Pronúncia Comuns
1. Variações de sotaque e fonética
O inglês, como é falado em diferentes países e regiões, apresenta variações consideráveis de sotaque, o que pode resultar em uma pronúncia equivocada de palavras, mesmo entre falantes nativos. Por exemplo, um falante britânico pode pronunciar a palavra “schedule” como “shed-yool”, enquanto um norte-americano a pronunciará “sked-yool.” Ambos estão corretos dentro de seus contextos regionais, mas as variações podem ser surpreendentes para quem não está familiarizado com os sotaques locais.
2. Erro na pronúncia de "th"
A pronúncia do som "th" é uma das características mais difíceis para os falantes nativos de inglês, e mesmo os falantes nativos cometem erros. Por exemplo, no inglês britânico, o som "th" em palavras como "think" ou "thought" pode ser suavizado ou até mesmo substituído por um som "f" ou "t". Já no inglês norte-americano, o som "th" muitas vezes se transforma em um som mais suave, como um “d” ou "t" (especialmente no inglês mais informal ou regional).
Exemplo de erro:
"Think" pode ser pronunciado como "fink" ou "tink" em alguns sotaques, o que pode ser visto como incorreto por falantes de outras variantes do inglês.
3. Redução de palavras e sílabas
Outro aspecto interessante da pronúncia de falantes nativos de inglês, especialmente no inglês falado informalmente, é a tendência a reduzir palavras e sílabas. Isso é muito comum, especialmente entre os norte-americanos, que frequentemente combinam palavras ou omitem sons para facilitar a comunicação rápida. Exemplos disso incluem a redução de "going to" para "gonna" e "want to" para "wanna."
Exemplo de erro:
Errado: "I am going to the store." (Comumente dito como: "I’m gonna go to the store.")
4. Vogais curtas e longas
As vogais curtas e longas também são uma fonte comum de erros na pronúncia. Um erro frequente entre falantes nativos de inglês ocorre ao tentar pronunciar palavras com vogais longas de maneira incorreta, especialmente em palavras homófonas (que soam da mesma maneira, mas têm significados diferentes) como "beat" e "bit", "sheep" e "ship". Falantes nativos de diferentes regiões podem confundir essas palavras ou pronunciar uma vogal de maneira diferente, dependendo de seu sotaque.
Exemplo de erro:
Errado: "I need a bit of help" (pronunciado como "beat" ao invés de "bit").
Algumas Palavras Comumente Mal Pronunciadas em Inglês por Falantes Nativos de Inglês
Explicando os Erros de Pronúncia Cometidos por Falantes Nativos de Inglês:
Embora falantes nativos de inglês tenham um domínio excelente da língua, eles ainda cometem erros de pronúncia devido a uma série de fatores, incluindo a complexidade fonética do idioma e as variações dialetais. Muitas vezes, a maneira como as palavras são pronunciadas não segue regras rígidas, o que resulta em confusão, até mesmo entre nativos.
Os erros mais comuns de pronúncia ocorrem porque muitas palavras em inglês são foneticamente difíceis ou irregulares.
Mischievous
Muitos falantes nativos de inglês ao falar pronunciam "mis-CHEEV-ee-us" quando o correto é "MIS-chiv-us. Esta é uma palavra difícil, e muito disso se deve ao fato de que ela tem várias vogais, o que a faz parecer ter mais sílabas do que realmente tem. Para ser justo, porém, as pessoas aparentemente cometem esse erro desde o século 16, então já poderia ser considerada a pronúncia "correta" por agora.
Prestigious
Muitos falantes nativos de inglês ao falar pronunciam "pre-STI-gee-us" quando o correto é "pre-STI-jus". Seguindo a mesma linha de “mischievous”, a palavra “prestigious” também é uma palavra de três sílabas que é confundida com uma de quatro sílabas.
Worcestershire
Muitos falantes nativos de inglês ao falar pronunciam "wor-chest-er-shire" quando o correto é "WOOS-ter-sher". Para os americanos, especialmente, este molho é complicado, pois é nomeado após um condado na Inglaterra. “Worcester” é pronunciado wooster, e se você adicionar o “shire”, ele se torna apenas sher. Então: woos-ter-sher.
Jewelry
Muitos falantes nativos de inglês ao falar pronunciam "JOOL-ree" quando o correto é "JEW-ell-ree". Às vezes, a boca adiciona uma sílaba extra, e outras vezes, ela a retira. No caso de “jewelry”, há mais lá do que parece.
Anemone
Muitos falantes nativos de inglês ao falar pronunciam "ah-MEN-oh-mee…ah-men-oh-NEE"
quando o correto é "ah-NEM-oh-nee". Como popularizado por Finding Nemo, a palavra “anemone” é basicamente um trava-língua que mora no fundo do oceano (ou em um lindo buquê de flores cortadas). Você provavelmente pode culpar a coincidência de ter muitas letras M e N próximas.
Forte
Muitos falantes nativos de inglês ao falar pronunciam "FOR-tay" quando o correto é "fort". A menos que você esteja se referindo especificamente ao termo musical, a palavra é realmente pronunciada fort. Mas este pode ser um daqueles casos em que pronunciar algo “corretamente” não transmite o que você está tentando dizer, porque a maioria das pessoas provavelmente perguntará: “Você não quis dizer for-tay?”
Draught
Muitos falantes nativos de inglês ao falar pronunciam "drot" quando o correto é "draft". Não deve ser confundido com “drought” (seca), que é pronunciado drowt, “draught” tem o som de F, mas geralmente só é encontrado escrito dessa maneira no inglês britânico. Se você ver essa variante de grafia nos EUA, provavelmente estará em um bar.
Sherbet
Muitos falantes nativos de inglês ao falar pronunciam "SHOR-bert" quando o correto é "SHUR-bet". Admitidamente, isso pode não ter chegado a uma lista das palavras mais mal pronunciadas em inglês, se não fosse pela existência bastante confusa de “sorbet”, que não é a mesma coisa que sherbet.
Defibrillator
Muitos falantes nativos de inglês ao falar pronunciam "de-FIB-yu-lay-tor" quando o correto é "de-FIB-ri-lay-tor". Deve haver algo sobre dois consoantes se encontrando que faz nossos cérebros quererem pegar o caminho mais fácil. Assim, em vez de fibri, nós o pronunciamos de forma mais suave, transformando-o em fibyu.
February
Muitos falantes nativos de inglês ao falar pronunciam "FEB-yoo-air-ee" quando o correto é "FEB-roo-air-ee". Este é essencialmente o mesmo fenômeno que o de “defibrillator”. Há algo sobre esse som bruh, certo?
Library
Muitos falantes nativos de inglês ao falar pronunciam "LI-berry" quando o correto é "LAI-brer-ee. E pela terceira vez: o “br” novamente.
Zoology
Muitos falantes nativos de inglês ao falar pronunciam "zoo-OLL-oh-gee" quando o correto é "zoe-OLL-oh-gee". Provavelmente porque todos temos boas lembranças de ir ao zoológico, estamos inclinados a encaixar “zoo” em “zoology”. No entanto, é importante lembrar que há apenas dois “O’s”, não três. Então, na verdade, seria zo-ology.
Conclusão
Embora os falantes nativos de inglês, como norte-americanos e britânicos, tenham uma fluência impressionante em sua língua, isso não significa que estejam livres de cometer erros de gramática e pronúncia. Na verdade, a variabilidade regional, os hábitos de fala e as influências culturais contribuem para erros frequentes, seja no uso de tempos verbais, preposições, ou até mesmo na pronúncia de palavras. Esses erros, no entanto, são uma parte natural do uso diário da língua e refletem a riqueza e diversidade do inglês falado em todo o mundo. Portanto, tanto para aprendizes de inglês quanto para falantes nativos, é importante reconhecer essas variações e entender que a língua está sempre em evolução.
Referências Bibliográficas
Trask, R. L. (2007). The Penguin Guide to Punctuation. Penguin.
Trask oferece uma visão abrangente sobre o uso de pontuação, com exemplos de erros comuns, que também inclui questões de gramática com implicações para falantes nativos de inglês.
Carter, R., & McCarthy, M. (2006). Cambridge Grammar of English: A Comprehensive Guide. Cambridge University Press.
Este livro apresenta uma análise profunda da gramática do inglês, incluindo discussões sobre erros comuns, como a utilização de tempos verbais e preposições, com exemplos de falantes nativos de inglês.
Yule, G. (2010). The Study of Language (4th ed.). Cambridge University Press.
Yule oferece uma introdução acessível ao estudo da linguística, incluindo tópicos sobre as variações de pronúncia e erros gramaticais cometidos por falantes nativos de inglês.
O'Grady, W., Archibald, J., Aronoff, M., & Rees-Miller, J. (2017). Contemporary Linguistic Analysis: An Introduction (8th ed.). Pearson Education.
Este livro aborda erros linguísticos em diferentes contextos, incluindo gramática e pronúncia, com ênfase na variação entre falantes nativos de diferentes dialetos do inglês.
Crystal, D. (2003). English as a Global Language (2nd ed.). Cambridge University Press.
Crystal explora as diferentes variações do inglês, destacando como falantes nativos de inglês de diferentes regiões cometem erros específicos, seja na gramática ou na pronúncia, devido aos seus sotaques e dialetos.
Swan, M. (2005). Practical English Usage (3rd ed.). Oxford University Press.
Um guia popular sobre os erros gramaticais mais comuns em inglês, com explicações claras sobre como os falantes nativos de inglês podem cometer equívocos, principalmente na gramática.
Trudgill, P., & Hannah, J. (2008). International English: A Guide to the Varieties of Standard English (4th ed.). Routledge.
Este livro examina as variações regionais do inglês, incluindo como os falantes nativos de inglês de diferentes países (como os EUA e o Reino Unido) cometem erros e variações em sua fala e escrita.
Abercrombie, D. (1965). Elements of General Phonetics. Aldine Publishing.
Abercrombie analisa os erros fonéticos e de pronúncia comuns cometidos por falantes nativos de inglês, com foco nas diferenças de pronúncia de diferentes dialetos do inglês.
Ladefoged, P. (2001). A Course in Phonetics (4th ed.). Harcourt.
Ladefoged oferece um estudo detalhado da fonética do inglês, destacando os erros comuns de pronúncia cometidos por falantes nativos de inglês e as variações fonéticas entre diferentes dialetos.
Biber, D., Conrad, S., & Leech, G. (2002). Longman Grammar of Spoken and Written English. Pearson Education.
Este livro detalha as diferenças gramaticais entre o inglês falado e escrito, discutindo como falantes nativos de inglês cometem erros em diferentes contextos e variações regionais.