Continuando as explicações sobre a crase, notamos o seguinte: Se houver dúvida sobre a existência do artigo definido, é só refazer a frase utilizando um substantivo masculino equivalente para ver se aparece o artigo definido masculino.
Ex: Fui à igreja/ Fui ao convento.
Viram? A primeira frase exige a preposição A, pois quem vai, vai A algum lugar e igreja é nome feminino. Já convento é palavra masculina, portanto pede o artigo definido masculino, então não se coloca a crase porque o único A existente é a preposição A.
Caso a dúvida seja sobre a existência ou não da preposição A, também há um "macete":
Verifica-se a regência do verbo. Se ele pedir preposição A, exige crase. Mas, se o verbo for transitivo direto, não se usa a crase no A que vem depois.
Exemplos:
Aderi à luta pela causa dos deficientes; ou
Comprei a luta pela causa dos deficientes.
O acento grave, que indica a fusão dos AA, também deve ser colocado sempre que o A artigo se funda ao A das seguintes palavras, quando que a regência do verbo exigir a preposição:aquela, aquele, aquilo.
Ex: - Temos que dar valor àquelas amizades duradouras.
- As crianças não resistiram àqueles sorvetes apetitosos.
- Não vou mais me referir àquilo que aconteceu.
Finalmente, não se usa crase, em hipótese alguma, diante de verbos no infinitivo:
- O governo passou a exigir atestado de vacinação nas viagens aéreas;
- Marina voltou a comprar compulsivamente.
- Gostaria que voltassem a implantar o horário de verão.