Poeminha do oblíquo insistente (republicação com pequeno acréscimo)

Com o oblíquo não se começa

A frase gramatical,

Mas a gente atravessa

Essa lei professoral...

Digo do oblíquo fraco,

Átono ele é, portanto,

Como na frase TE ABRAÇO,

Que fica ABRAÇO-TE; pronto?!

Mas tal jeito de dizer

É um modo lusitano...

Nosso abraço é pra valer,

Com o pronome se antepondo...

Oswald diz: DÊ-ME UM CIGARRO –

Coisa de mestre e aluno...

Estava tirando sarro

E mostrando novo rumo...

O rumo, a revolução

No jeito de expressar

Contra a nossa solução:

Sempre, sempre imitar...

Mas nossa escrita inda está

Em parte bem quadradinha...

Com escrúpulo de mudar,

Inda reza a ladainha...

E a gente fala e fala,

Com o pronome no começo,

Contra a regra que não cala

E na escrita traz tropeço.

Porém não custa saber

Tal lei que cabe na hora

Em que se quer escrever

Todo cheio de nove horas...

Digo isso pro seu bem...

Não vá mesmo é perder ponto.

Cuidado! Lá no Enem,

Esse erro lhe dá desconto!!!

COBRE-SE, porém não SE COBRE

No início da oração...

Bem simples! Nem se desdobre,

Pois fácil é a lição...

Disse aqui e ora repito,

Falo de dissertação...

Mesmo aí, esse rito

Um dia vai mudar; não?!

Me despeço, companheiro!

Viu onde está o pronome?

Meu estilo é brasileiro –

Minha marca, sem renome... *

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