"A língua voa, a mão se arrasta"
"A língua voa, a mão se arrasta"
como afirma o linguista;
Marcos Bagno dá a pista
de como a escrita se afasta
da fala acelerada
que em poucos segundos
revela vários mundos
enquanto a caneta pacata
tenta romper nas linhas
tortuosas do papel
as imagens do céu
e as águas marinhas.
Sócrates nada escreveu;
coube a Platão a missão
de manter a coesão
e a Maiêutica prometeu
por meio de indagações
criar o próprio conceito
sem nenhum preconceito
e muitas divagações.
A língua muda e se transforma
e o pensamento viaja;
o estudo sempre encoraja
a conhecer outras normas.
©Bispoeta