Origem do nosso "obrigado"
No uso diário da nossa língua portuguesa, na grande maioria dos casos não nos damos conta do porquê utilizamos determinadas expressões. Alguma vez você já se perguntou qual a origem do nosso “obrigado” usado como agradecimento?
Houve um tempo em que quando uma pessoa recebia um favor ou gentileza de alguém, ela ficava obrigada a retribuir o favor. “Fico-lhe obrigado”, ou seja, agora passo a ser seu devedor.
O particípio do verbo obrigar (do latim obligare, “ligar por todos os lados, ligar moralmente”) expressa o reconhecimento de uma dívida entre quem recebe um favor ou gentileza e quem o faz – ambos, dessa forma ligados, atados por um laço moral.
Uma forma de minimizar a obrigação do outro em retribuir o favor ou a gentileza recebida era responder ao “fico-lhe obrigado” com um “por nada”. Dessa forma aquele que prestara o favor dispensava o favorecido de resgatar a dívida moral, financeira etc. Com o tempo a forma “fico-lhe obrigado” foi reduzida, restando apenas o “obrigado”.
No uso formal da língua a palavra obrigado quando empregada como forma de agradecimento deve concordar com o número e o gênero. Portanto, a forma culta para os homens é “obrigado” para o agradecimento e “obrigado eu” para a resposta; para as mulheres “obrigada” e “obrigada eu”. E mesmo soando estranho é correto dizer “obrigados nós” quando a resposta ao agradecimento vem de mais de uma pessoa de modo simultâneo. Não é educado responder a um obrigado com a expressão “obrigado(a) você”, pois é o mesmo que afirmar “a obrigação é mesmo sua”.
Existem duas formas informais de agradecimento amplamente empregadas: “valeu e de boa”.
Lembre-se, o mais importante é saber ser grato às pessoas, pois a gratidão é um ato de reconhecimento, respeito e humildade.
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