SIMULADO 1 - CONCURSOS CIVIS & MILITARES
LÍNGUA PORTUGUESA
Texto I para as questões 1 a 3:
Na linguagem comercial, artifícios vários são usados na tentativa de atrair a atenção do consumidor. Num recente anúncio de xampu, ouvia-se o seguinte:
“Podem usar preto. A caspa morreu.”
1. A criatividade do anúncio consiste principalmente em:
(A) promover um luto para algo tido normalmente como desprezível.
(B) afirmar que a caspa morreu, como se ela fosse um ser vivo.
(C) associar o uso de preto, simultaneamente, à idéia de luto e à de liberdade em relação à caspa.
(D) noticiar a morte da caspa como um evento esperadíssimo.
(E) definir o preto como roupa típica de luto e dissociá-lo com o problema da caspa.
2. O texto do anúncio é formado por duas orações absolutas, ou seja, formadas por periodos simples; caso o autor pretendesse, poderia usar um elemento de coesão para uni-las.
Assinale a alternativa em que NÃO se poderia usar o conectivo designado.
(A) pois;
(B) já que;
(C) porquanto;
(D) afinal;
(E) embora.
3. Em “Podem usar preto.” Existe uma locução verbal. Caso o autor quisesse usar um verbo apenas, teria escrito:
(A) Usem preto.
(B) Use preto.
(C) Use negro.
(D) Usai preto.
(E) Usem negro.
Texto II para as questões 4 a 6:
Nos estágios iniciais da fala infantil, é comum os adultos acharem graça, quando ouvem de uma criança construções do tipo:
“Eu já sabo fazer xixi no penico. Fazi ontem.”
4 – Daí se deduz que:
(A) a criança raciocina conforme modelos que escuta dos mais velhos.
(B) o raciocínio da criança ainda é irregular e precisa de aprendizado.
(C) a criança precisa ir à escola aprender a conjugar os verbos irregulares.
(D) o erro é proposital, para provocar risos e manifestações positivas.
(E) os adultos, modelos no início de sua formação intelectual, precisam falar corretamente para que elas os imitem.
5. Caso o autor quisesse usar um único período para as orações absolutas acima, poderia utilizar a seguinte reescritura:
(A) “Eu já sabo fazer xixi no penico! fazi ontem!”
(B) “Eu já sabo fazer xixi no penico: Fazi ontem.”
(C) “Eu já sabo fazer xixi no pinico, fazi ontem.”
(D) “Eu já sabo fazer xixi no penico: fazi ontem!”
(E) “Eu já sabo fazer xixi no penico? Fazi ontem.”
6. A palavra já é acentuada como todas as que seguem, exceto:
(A) Lá eu não vou, pai!
(B) Eles têm medo de tudo.
(C) Tenho um dó dele, coitado!
(D) Vá com Deus, minha filha amada!
(E) “A Fé remove montanhas!”
Texto III para as questões 7 a 10:
Informe JB
A prisão do ex senador Luiz Estevão foi uma violência e uma arbitrariedade desnecessária. Na opinião de eminente jurista, que não deseja identificar se, Luiz Estevão foi preso pelo exibicionismo do Ministério Público e pela inexperiência do juiz federal.
O ex senador, que já estava de fato preso desde a sua cassação, submetido ao constrangimento de ter seus passos acompanhados por agentes da Polícia Federal, não tinha razão para ser preso. A prisão preventiva é remédio para quem vai fugir, não tem domicílio certo, é reincidente. Não é o caso de Luiz Estevão. Além disso, o processo que serviu de base ao despacho do juiz é antigo, de quatro ou cinco anos. Não havia razão para mandá lo para a cadeia "sem direito a cela especial", como se frisou a cada passo, e ainda para executar a ordem judicial com o aparato que mostrou.
Um ou dois agentes da Polícia Federal, discretamente, poderiam ter ido ao escritório em que Luiz Estevão aguardava a ordem de prisão. Ele os acompanharia sem resistência. Mas a polícia não quis perder a oportunidade de mostrar, ainda mais diante das câmeras da TV.
Culpado, quase certamente, da maioria dos delitos de que é acusado, o ex senador é uma personalidade enigmática, arrogante e difícil, segundo os que o conhecem. Não tem, no Senado que lhe cassou o mandato a contragosto, ao que se diz, um único e solitário amigo. Mas sua prisão, neste momento, foi um excesso, para dizer pouco. E um habeas corpus deve libertá lo nas próximas horas.
7. O texto em pauta apresenta uma tese sobre a atitude da Polícia Federal ao prender o ex senador Luiz Estevão. O artigo pretende:
(A) minimizar a culpabilidade do ex senador.
(B) questionar o oportunismo e a pertinência da ação policial.
(C) provar a necessidade de não levar para a cadeia pessoas do nível do ex senador.
(D) mostrar que ele já fora preso várias vezes antes, sem o estardalhaço de agora.
(E) criticar a postura do ex-senador que deveria ter-se entregado às autoridades.
8. “Mas sua prisão, neste momento, foi um excesso, para dizer pouco.” A excesso corresponde o verbo exceder, assim como a:
(A) exceto corresponde exceder;
(B) acesso corresponde a ascender;
(C) disperso corresponde dispender;
(D) sucinto corresponde suscitar.
(E) processo corresponde proceder.
9. “Um ou dois agentes da Polícia Federal, discretamente, poderiam ter ido ao escritório em que Luiz Estevão aguardava a ordem de prisão.”
É comum, na concordância com a conjunção OU, a dúvida entre o singular e o plural. A propósito, marque a frase em que esse conectivo pode ser usado no plural ou no singular indistintamente.
(A) Brasil ou Argentina ____ campeão em 2010. (será / serão)
(B) O amor ou o ódio ____ parte da vida humana. (é / são)
(C) O juiz ou os juízes ____ as partes envolvidas no processo. (ouvirá / ouvirão)
(D) Todos os alunos ou cada um dos alunos ____ ser ouvido sobre o furto dos gabaritos.
(deverá / deverão)
(E) O sol ou a lua: qual me ____ a compor?
(inspirará / inspirarão)
10. Justificando a tese, o artigo lança mão de argumentos vários. Aponte, dentre os que se seguem, o(s) argumento(s) que traduz(em) uma suposição pessoal de quem escreveu, mas não uma realidade objetivamente considerada:
I. O ex-senador já vinha tendo seus passos acompanhados pelos policiais federais.
II. O ex-senador não é reincidente.
III. O ex-senador não pretendia fugir.
IV. O ex-senador tem domicílio certo.
(A) I apenas;
(B) II apenas;
(C) III apenas;
(D) I e III apenas;
(E) II e IV apenas.
GABARITOS
1. C
2. E
3. A
4. A
5. D
6. B
7. B
8. E
9. B
10. C
LÍNGUA PORTUGUESA
Texto I para as questões 1 a 3:
Na linguagem comercial, artifícios vários são usados na tentativa de atrair a atenção do consumidor. Num recente anúncio de xampu, ouvia-se o seguinte:
“Podem usar preto. A caspa morreu.”
1. A criatividade do anúncio consiste principalmente em:
(A) promover um luto para algo tido normalmente como desprezível.
(B) afirmar que a caspa morreu, como se ela fosse um ser vivo.
(C) associar o uso de preto, simultaneamente, à idéia de luto e à de liberdade em relação à caspa.
(D) noticiar a morte da caspa como um evento esperadíssimo.
(E) definir o preto como roupa típica de luto e dissociá-lo com o problema da caspa.
2. O texto do anúncio é formado por duas orações absolutas, ou seja, formadas por periodos simples; caso o autor pretendesse, poderia usar um elemento de coesão para uni-las.
Assinale a alternativa em que NÃO se poderia usar o conectivo designado.
(A) pois;
(B) já que;
(C) porquanto;
(D) afinal;
(E) embora.
3. Em “Podem usar preto.” Existe uma locução verbal. Caso o autor quisesse usar um verbo apenas, teria escrito:
(A) Usem preto.
(B) Use preto.
(C) Use negro.
(D) Usai preto.
(E) Usem negro.
Texto II para as questões 4 a 6:
Nos estágios iniciais da fala infantil, é comum os adultos acharem graça, quando ouvem de uma criança construções do tipo:
“Eu já sabo fazer xixi no penico. Fazi ontem.”
4 – Daí se deduz que:
(A) a criança raciocina conforme modelos que escuta dos mais velhos.
(B) o raciocínio da criança ainda é irregular e precisa de aprendizado.
(C) a criança precisa ir à escola aprender a conjugar os verbos irregulares.
(D) o erro é proposital, para provocar risos e manifestações positivas.
(E) os adultos, modelos no início de sua formação intelectual, precisam falar corretamente para que elas os imitem.
5. Caso o autor quisesse usar um único período para as orações absolutas acima, poderia utilizar a seguinte reescritura:
(A) “Eu já sabo fazer xixi no penico! fazi ontem!”
(B) “Eu já sabo fazer xixi no penico: Fazi ontem.”
(C) “Eu já sabo fazer xixi no pinico, fazi ontem.”
(D) “Eu já sabo fazer xixi no penico: fazi ontem!”
(E) “Eu já sabo fazer xixi no penico? Fazi ontem.”
6. A palavra já é acentuada como todas as que seguem, exceto:
(A) Lá eu não vou, pai!
(B) Eles têm medo de tudo.
(C) Tenho um dó dele, coitado!
(D) Vá com Deus, minha filha amada!
(E) “A Fé remove montanhas!”
Texto III para as questões 7 a 10:
Informe JB
A prisão do ex senador Luiz Estevão foi uma violência e uma arbitrariedade desnecessária. Na opinião de eminente jurista, que não deseja identificar se, Luiz Estevão foi preso pelo exibicionismo do Ministério Público e pela inexperiência do juiz federal.
O ex senador, que já estava de fato preso desde a sua cassação, submetido ao constrangimento de ter seus passos acompanhados por agentes da Polícia Federal, não tinha razão para ser preso. A prisão preventiva é remédio para quem vai fugir, não tem domicílio certo, é reincidente. Não é o caso de Luiz Estevão. Além disso, o processo que serviu de base ao despacho do juiz é antigo, de quatro ou cinco anos. Não havia razão para mandá lo para a cadeia "sem direito a cela especial", como se frisou a cada passo, e ainda para executar a ordem judicial com o aparato que mostrou.
Um ou dois agentes da Polícia Federal, discretamente, poderiam ter ido ao escritório em que Luiz Estevão aguardava a ordem de prisão. Ele os acompanharia sem resistência. Mas a polícia não quis perder a oportunidade de mostrar, ainda mais diante das câmeras da TV.
Culpado, quase certamente, da maioria dos delitos de que é acusado, o ex senador é uma personalidade enigmática, arrogante e difícil, segundo os que o conhecem. Não tem, no Senado que lhe cassou o mandato a contragosto, ao que se diz, um único e solitário amigo. Mas sua prisão, neste momento, foi um excesso, para dizer pouco. E um habeas corpus deve libertá lo nas próximas horas.
7. O texto em pauta apresenta uma tese sobre a atitude da Polícia Federal ao prender o ex senador Luiz Estevão. O artigo pretende:
(A) minimizar a culpabilidade do ex senador.
(B) questionar o oportunismo e a pertinência da ação policial.
(C) provar a necessidade de não levar para a cadeia pessoas do nível do ex senador.
(D) mostrar que ele já fora preso várias vezes antes, sem o estardalhaço de agora.
(E) criticar a postura do ex-senador que deveria ter-se entregado às autoridades.
8. “Mas sua prisão, neste momento, foi um excesso, para dizer pouco.” A excesso corresponde o verbo exceder, assim como a:
(A) exceto corresponde exceder;
(B) acesso corresponde a ascender;
(C) disperso corresponde dispender;
(D) sucinto corresponde suscitar.
(E) processo corresponde proceder.
9. “Um ou dois agentes da Polícia Federal, discretamente, poderiam ter ido ao escritório em que Luiz Estevão aguardava a ordem de prisão.”
É comum, na concordância com a conjunção OU, a dúvida entre o singular e o plural. A propósito, marque a frase em que esse conectivo pode ser usado no plural ou no singular indistintamente.
(A) Brasil ou Argentina ____ campeão em 2010. (será / serão)
(B) O amor ou o ódio ____ parte da vida humana. (é / são)
(C) O juiz ou os juízes ____ as partes envolvidas no processo. (ouvirá / ouvirão)
(D) Todos os alunos ou cada um dos alunos ____ ser ouvido sobre o furto dos gabaritos.
(deverá / deverão)
(E) O sol ou a lua: qual me ____ a compor?
(inspirará / inspirarão)
10. Justificando a tese, o artigo lança mão de argumentos vários. Aponte, dentre os que se seguem, o(s) argumento(s) que traduz(em) uma suposição pessoal de quem escreveu, mas não uma realidade objetivamente considerada:
I. O ex-senador já vinha tendo seus passos acompanhados pelos policiais federais.
II. O ex-senador não é reincidente.
III. O ex-senador não pretendia fugir.
IV. O ex-senador tem domicílio certo.
(A) I apenas;
(B) II apenas;
(C) III apenas;
(D) I e III apenas;
(E) II e IV apenas.
GABARITOS
1. C
2. E
3. A
4. A
5. D
6. B
7. B
8. E
9. B
10. C