A Língua Portuguesa tem algumas normas
A Língua Portuguesa tem algumas normas que não são regras intocáveis e vão se adaptando às necessidades dos falantes. Ela existe tão somente com o objetivo de dar um norte aos lusófonos e mostrar como bem ensina o acadêmico Evanildo Bechara: "devemos ser poliglotas dentro de nossa própria língua".
Ekklesia, ekkeyesia, ecclesian, ecclesia, iglesia, , eigreja e egreja são algumas escritas relacionadas à palavra "igreja", assim como as palavras "ingrês" ou inglês estão assim inseridas na obra de Luís Vaz de Camões, uma vez que ainda não existia uma gramática formal que uniformizasse - ou ao menos tentasse uniformizar - os verbetes como os conhecemos nos dias atuais, conforme destaca o linguista prof. ms. Vlademir Yrigoyen.
É o uso que determina a dicionarização de novas palavras e suas acepções. A língua muda o tempo todo e vai se adaptando às necessidades dos lusofalantes. Uma sociedade que ainda não utilizasse o fogo não necessitaria de palavras como "cru" e "cozido" como enfatiza o prof. dr. Cláudio Moreno.
Palavras não precisam ser impostas - assim como regras também não precisam ser obrigatórias. Elas vão se impondo pela força do uso. É por esta lógica que o pronome oblíquo no Brasil está cada vez mais normalizado no início de frases - tanto na escrita quanto na fala: "Nos vemos amanhã", para escapar ao pedante: "Ver-nos-emos amanhã".
Ainda na fala é notória a força da forma *rúim - com força no "u" - apesar de que na escrita a palavra é oxítona e não tem acento agudo no "u" o que valida a tese do lexicógrafo Evanildo Bechara: "o acento não garante a pronúncia".
A língua falada utilizada hoje no Brasil é muito diferente daquela empregada pelos lusófonos do outro lado do Oceano Atlântico. São diferenças tão marcantes que demandam a necessidade de geração de caracteres na televisão nas entrevistas de técnicos portugueses de futebol atuantes em terras brasileiras durante suas entrevistas.
O presente texto é fruto de muitas leituras de linguistas consagrados como Sírio Possenti, Marcos Bagno, Rodolfo Ilari, Renato Basso e doutores de Língua Portuguesa como Evanildo Bechara, Cláudio Moreno e também do prof. Pasquale Cipro Neto, além da inspiradora revista Língua Portuguesa citada pelo prof. ms. Vlademir Yrigoyen durante as aulas de Linguística em minha graduação em Letras com ênfase em Língua Portuguesa, Língua Inglesa e suas literaturas na Uniesp.
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