Vamos usar a Língua Portuguesa!? E ainda sobre críticas e elogios
O brasileiro é orgulhoso. Apenas um exemplo: a palavra "stress" é inglesa. Pois o brasileiro, para se achar chique (rsrs), usa "stress", seja na fala ou na escrita. Eu, que não sou chique nem quero ser chique, uso "estresse" (palavra da nossa Língua, que significa a mesma coisa que "stress"), na fala ou na escrita. Só não quero ser estressado.
Estresse é um estado psicológico muito sério e delicado. Não confunda irritação com estresse. Se você está estressado, cuide-se imediatamente! Se alguém está irritado, diga que alguém está irritado, chateado, zangado. Vocabulário depende de leitura, estudo rs.
Vamos usar a Língua Portuguesa!? Será que posso ser professor!? Mas, como já estou acostumado a receber críticas até por ser professor e por escrever corretamente, quem quiser criticar, sinta-se à vontade, mesmo que eu esteja fazendo algo bom. Na verdade, eu também estou criticando. Será que esta crítica é útil?
Concluo com palavras do livro "O Caminho da Sabedoria: conversas entre um monge, um filósofo e um psiquiatra sobre a arte de viver":
Monge budista Matthieu Ricard: "Para encontrar a paz interior, não podemos depender da opinião dos outros e da imagem que eles têm de nós, errada ou verdadeira... Podemos receber elogios de manhã e ser insultados à noite. Se sempre acreditarmos nessas palavras, ficaremos perturbados o tempo todo".
Filósofo Alexandre Jollien: "... no metrô ouço risadinhas ao meu redor... Desde o momento em que pego o metrô, ainda que eu queira ter paz, sempre há algo para atrapalhar. São várias bofetadas, uma após a outra, mas, precisamente, tudo pode se tornar um chamado à prática, uma ocasião para me descentrar e me lembrar de que não sou o que os outros percebem de mim. Mais um passo e posso me alegrar por ser ridicularizado".
Psiquiatra Christophe André: "Uma crítica nem sempre é uma verdade, porém sempre é uma informação! Quando sou criticado (se houver motivo válido), estou recebendo um recado, seja sobre mim (para me sinalizar certos defeitos, e devo me felicitar por isso), seja sobre a maneira como a pessoa me enxerga, e com isso também devo me alegrar! Porque, em ambos os casos, advertência ou informação, são recados úteis. Ensinamos nossos pacientes a lidar com os elogios e as críticas, e obviamente a desconfiar também um pouco deles: ter uma boa imagem de si apenas se receberem elogios ou admiração e uma má imagem de si se sofrerem críticas ou falta de reconhecimento é extremamente perigoso; trata-se de uma dependência do olhar alheio, assim como existe a dependência do açúcar, do tabaco, do álcool, das drogas".