Esse (no nosso modesto entendimento) ERRO ORTOGRÁFICO no termo PROEZA (com Z)
Veja em que nos baseamos para tal inferência :
Pelas regras ortográficas existentes (tocantes ao emprego de S e Z nas terminações ESA e EZA), temos :
1) USAMOS A TERMINAÇÃO E S A (com "s") :
a) Em formas femininas, como : duquesa (feminino de duque),
camponesa (feminino de camponês), e assim sucessivamente.
b) Em substantivos primitivos (aqueles que dão origem a outras pala-
vras), como por exemplo : mesa (que dá origem a mesada)...
2) USAMOS A TERMINAÇÃO E Z A (com "z") :
A P E N A S em substantivos derivados de um adjetivo.
Ex.: Tristeza (substantivo derivado do adjetivo "triste").
Riqueza (substantivo derivado do adjetivo "rico") e assim por
diante.
OBS. IMPORTANTE : n u n c a deve ser confundida uma forma de-
rivada (como é o caso de riqueza, derivado de rico) com uma forma
FEMININA (ex.: duquesa NÃO É FORMA DERIVADA de duque, mas
sim, a forma feminina desta palavra).
Ou seja (esta é a lógica que fundamenta
nosso ponto de vista) :
A palavra PROEZA (com z) NÃO se enquadra no requisito de ser
substantivo DERIVADO DE UM ADJETIVO.
Se o substantivo PROEZA não é derivado de
um adjetivo (e não nos parece ser), DEVERIA SER ESCRITA COM S.
(A única "justificativa" que poderia "explicar"
tal anomalia é o fato de a palavra PROEZA derivar da palavra francesa
"proece" e nessa conversão de outra língua para o Português, a letra
C de "proece" se transforma em Z. Isso também se aplicaria à palavra
VENEZA - que, pela mesma lógica, também deveria ser escrita com S -, cuja forma original é Venice, que segue, mais ou menos, a mesma estrutura da palavra PROECE).
Deixo a questão à análise dos amigos especialistas em nossa Língua.