(Retornando às origens...) ACENTO DIFERENCIAL... (?!) A G U D O.
Quando falamos em ACENTO DIFERENCIAL, vem-nos, de imediato, à memória o ACENTO CIRCUNFLEXO.
E o emprego desse acento circunflexo, como acento diferencial, ocorre em exemplos como...
PÔDE (forma verbal de pretérito), para diferenciar de PODE (forma verbal de indicativo presente); PÔR (verbo) para diferenciar de POR (preposição)...e assim por diante.
Ocorre, porém, que, COM A ÚLTIMA REFORMA ORTOGRÁFICA, a diferenciação entre uma forma verbal de indicativo presente para a forma verbal de pretérito passou a dar-se COM O EMPREGO DO ACENTO DIFERENCIAL (nomenclatura nossa) AGUDO.
Mas, isso só ocorre NA PRIMEIRA PESSOA DO PLURAL, com verbos de 1a. conjugação (os terminados em AR), com exceção de verbos irregulares.
(Há que se destacar que tal regra é aquela do tipo "QUE NÃO PEGOU", EMBORA DECIDIDO PELA REFERIDA REFORMA ORTOGRÁFICA. Nenhum professor de Língua Portuguesa, até onde temos conhecimento, tem praticado isso ou cobrado isso dos seus alunos).
Veja como se dá o emprego desse acento agudo diferencial :
Tomemos por base estes verbos REGULARES, de primeira conjugação :
1A. PESSOA PLURAL 1A. PESSOA PLURAL
VERBO INDICATIVO PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO
(NÃO LEVA ACENTO) (LEVA ACENTO AGUDO)
Ganhar Ganhamos Ganhámos
Falar Falamos Falámos
Orar Oramos Orámos
Repetimos : tal princípio gramatical NÃO SE EMPREGA
AOS VERBOS DE 1A. CONJUGAÇÃO em que a primeira pessoa do plural
do indicativo presente é diferente da correspondente pessoa verbal no pretérito perfeito.
Exemplo :
Dar damos demos
Um bom dia a todos.
(Se não a totalidade, a grande maioria de nossas gramáticas ainda não fazem menção a este caso especial, no conteúdo gramatical ACENTUAÇÃO GRÁFICA ).