Regras, em princípio, só as menstruais
“O cara para para pensar...", exemplo de Juca Kfouri, jornalista.
Ao considerar que o contexto serve para diferenciar o verbo da preposição, como quer a Nova Ortografia, em se tratando de duas palavras iguais (“para”), na pronúncia e na grafia, não seria mais fácil fazer a diferenciação por meio de um acento agudo, como era feito?
Trata-se de um caso em que a regra complica ao invés de ajudar. Ou seja, a existência do regulamento não significa que ele seja o mais adequado ou correto.
Em certa extensão, não é, portanto, o mau uso da língua que nos faz chamar apressadamente alguém de “burro”. Ao contrário, as regras ortográficas podem ajudar e muito nessa classificação preconceituosa e indevida.
Rio, 07/12/2017