O caráter do candidato

Quando um meliante, um reles ignorante, réu em vários processos judiciais e já condenado em pelo menos um caso, faz discursos públicos, dizendo-se ter “caráter”, temos que acreditar...

Considerando-se que ele imagina que a palavra é um “adjetivo”, e portanto, que dá qualidade ao indivíduo. Mas, todos sabemos que a palavra caráter é um “substantivo” (o caráter), e, portanto, para que seja clara a intenção de quem a profere, é condição “sine qua non”, colocar que tipo de caráter o infeliz quer dizer, isto é, “bom” ou “mau” caráter. Ou seja, precisa de um “adjetivo” (no caso, “bom” ou “mau”) para que fique caracterizada sua intenção.

Mas, da forma que nós o conhecemos e dada sua história e extensa “ficha policial”, a condição de réu em vários casos e já condenado, sabemos tratar-se de um “mau” caráter. Assim, devemos acreditar no que ele diz. É um homem de muito “mau caráter”, eis que rouba até os que o aplaudem e o elegem, estes, vítimas em dobro: da própria ignorância e dos males que um néscio causa à nação.

O preço da democracia é por vezes demasiado elevado para a sociedade!

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(Ah! Aproveitando o ensejo, escreve-se “mau” (com “U”) nesse caso, por ser o contrário de “bom” e não “mal” (com “L”), que é o contrário de “bem”. É querer muito né! Desculpem-me aí o mau jeito no trato do vernáculo).

Marco Antonio Pereira

13/12/017

MARCO ANTONIO PEREIRA
Enviado por MARCO ANTONIO PEREIRA em 13/12/2017
Reeditado em 14/12/2017
Código do texto: T6198171
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