Leitura a chave dos desafios!
Certamente que as escolas ainda não estão inseridas na nova forma de ensinar. Embora muitos educadores, gestores e escolas tenham se esforçado para tanto, tais mudanças difíceis de se concretizar na pratica, uma vez que sempre há muita resistência por parte de muitos dos atores envolvidos desde os que trabalham nas escolas até mesmo os pais dos alunos. Quebrar as raízes profundas do tradicionalismo é tarefa complexa e deve ocorrer de forma lenta e contínua numa sociedade que exclui dois terços de sua população e que impõe ainda profundas injustiças à grande parte do terço para o qual funciona. É urgente que a questão da leitura e da escrita seja vistas enfaticamente sob o ângulo da luta política a que a compreensão científica do problema traz sua colaboração. É um absurdo que estejamos chegando ao inicio do século XXI, fim de milênio, ostentando os índices de analfabetismo, os índices dos que e das que, mal alfabetizadas, estão igualmente proibidos de ler e de escrever, o número alarmante de crianças interditadas de ter escolarização e que com isso tudo convivamos quase como se estivéssemos anestesiados. Nenhum autor com boa saúde pode se sentir mal por ter um livro seu tão insistentemente procurado, tão fraternalmente sempre recebido, quando uma nova impressão sua chega às livrarias. A prova da presença viva de seu livro anima, desafia e aquece a vontade de vida do autor, sua paixão por continuar dizendo coisas e pronunciando o mundo. A leitura Sempre traz novas descobertas, e na escola ela é fundamental, para que os alunos se tornem críticos, dando a possibilidade de adquirir seus próprios conhecimentos. O papel do educador é extrair dessas leituras o máximo de conteúdo possível, fazendo o aluno questionar, avaliar e constituir idéias sobre o que foi lido. Na atualidade nem todas as escolas conseguem trabalhar um processo contínuo de construção de conhecimento, pois exige mudanças metodológicas e de concepções por parte da comunidade escolar envolvida. Sob esse novo olhar, o professor, por sua vez, atua como um importante co-criador de conhecimento, a partir de uma visão holística e transversal. Ele deve ser alguém que domina as novas tecnologias e que está apto a tocar em assuntos como mobilidade urbana, economia, saúde, meio ambiente e política e a ajudar os estudantes a formarem um olhar crítico sobre o mundo. Ele deve propor tarefas desafiadoras, usar exemplos e casos reais, estimular o discernimento e o questionamento e proporcionar ao jovem a experiência, a vivência e o protagonismo que ele tanto anseia. Hoje o grande cerne da questão seria ir de encontro ao que o aluno realmente necessita para se ter evolução na leitura e na escrita de nossos alunos.
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