Este tópico de ACENTUAÇÃO GRÁFICA que os docentes relutam em obedecer.
Como é de conhecimento público, a mais recente REFORMA de nossa língua introduziu uma série de alterações (algumas das quais discutíveis) que, por lei, já deveriam estar em plena vigência.
Mas, por motivos que não nos é dado a conhecer, na parte da Reforma que trata da ACENTUAÇÃO DAS PALAVRAS, um de seus casos que passou a viger NÃO VEM SENDO APLICADO por expressiva maioria do professorado dessa disciplina.
Por consequência, os alunos continuam a cometer ERRO ORTOGRÁFICO quando do emprego de palavras que se enquadram no caso de que trata a nova regra.
Trata-se do caso da "acentuação OBRIGATÓRIA das formas verbais de PRIMEIRA PESSOA DO PLURAL N O P R E T É R I-
T O daqueles verbos em que SÃO IGUAIS tanto a forma no presente do indicativo como no pretérito perfeito". No caso, A FORMA VERBAL A SER ACENTUADA É A 1A. PESSOA DO PLURAL NO PRETÉRITO PERFEITO.
Para um melhor entendimento, listamos alguns dos verbos de nossa língua, nos quais ocorre esse fenômeno :
NOME 1A. PESSOA DO 1A. PESSOA DO
DO PLURAL (Indica- PLURAL (preté-
VERBO tivo presente) rito perfeito)
(NÃO ACENTUADA) (A SER ACENTUADA)
Ganhar ganhamos ganhámos
Falar falamos falámos
Abordar abordamos abordámos
Gritar gritamos gritámos
Perdoar perdoamos perdoámos
Informar informamos informámos
Engordar engordamos engordámos]
Parar paramos parámos
Rezar rezamos rezámos
Sofrer sofremos sofrémos
Vender vendemos vendémos
Há que se enfatizar que isso que, para nós - brasileiros - é uma alteração com relação ao que escrevíamos antes da Reforma, já é prática normal no português praticado em Portugal.
Queremos crer que essa relutância dessa maioria docente para a aplicação dessa nova norma se deve à possibilidade de eles considerarem "estranha" tanto a forma gráfica da palavra bem como a mudança na pronúncia da palavra : a oralização do (até antes da Reforma) tom nasalizado para a penúltima sílaba dessas formas verbais de pretérito.
De qualquer forma, fica aqui o nosso registro crítico do problema.