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- Edital Redação ENEM 2020 https://www.youtube.com/watch?v=ne757gHLGoo
- Como é a redação no ENEM? https://www.youtube.com/watch?v=L9IuHPdmBy0&list=PLcgqaOL9Yxt36Wx-32rhBCFgyo5W0H8wR
- Como fazer a introdução? https://www.youtube.com/watch?v=WtPKNvFsrxI&list=PLcgqaOL9Yxt36Wx-32rhBCFgyo5W0H8wR&index=2
- Como fazer o desenvolvimento? https://www.youtube.com/watch?v=9APOojJZfHk&list=PLcgqaOL9Yxt36Wx-32rhBCFgyo5W0H8wR&index=3
- Como fazer a conclusão? https://www.youtube.com/watch?v=BWnj-KHGLN4
- Critérios na correção da redação https://www.youtube.com/watch?v=Y0Cr714rWW0&feature=youtu.be
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- Como fazer o desenvolvimento? https://www.youtube.com/watch?v=9APOojJZfHk&list=PLcgqaOL9Yxt36Wx-32rhBCFgyo5W0H8wR&index=3
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- Critérios na correção da redação https://www.youtube.com/watch?v=Y0Cr714rWW0&feature=youtu.be
REDAÇÃO ENEM:
Etapas e dicas para a produção textual
Abaixo, cito algumas dicas relevantes no momento da construção do texto e trago um exemplo de redação, em que faço comentários com base nesse passo-a-passo.
Vale lembrar que a tipologia textual contemplada pelo ENEM é a DISSERTAÇÃO, e suas principais características são as seguintes:
Vale lembrar que a tipologia textual contemplada pelo ENEM é a DISSERTAÇÃO, e suas principais características são as seguintes:
* Persuadir discursivamente o leitor;
* Informar o leitor sobre algum assunto;
* Expor opiniões/argumentos acerca de fatos subjetivos ou objetivos;
* Defender um ponto de vista;
* Utilizar-se de argumentos bem construídos, e não falaciosos.
ESPECIFICIDADES
1. TEXTO
Deverá ser escrito de 7 a 30 linhas.
2. TÍTULO
- Não deve ser pontuado (exceto em alguns poucos casos);
- Não pode ser nem tão genérico, nem tão específico;
- Deve ser convidativo ao leitor;
- Sugere-se pensá-lo depois da finalização do texto.
3. INTRODUÇÃO (um parágrafo apenas – duas ou três frases [em média] – de 5 a 7 linhas [em média])
É o cartão-visita do texto. Deve conter os seguintes aspectos:
- Breve apresentação do conteúdo temático;
- Apresentação da tese discursiva;
- Identificação do tópico frasal (ideia principal) dos respectivos argumentos do desenvolvimento.
4. DESENVOLVIMENTO (mínimo de dois parágrafos – períodos não muito extensos – tópico frasal em cada parágrafo - é a maior parte, em extensão, do texto)
É o corpo do texto. Deve conter os seguintes aspectos:
- Fundamentação da ideia defendida por meio de conteúdo expositivo;
- Fundamentação do argumentos a partir da relação entre ideia e exposição do conteúdo;
- Abordagem de exemplos que comprovem a tese defendida, por meio de referências histórias, exemplificações simples, comparações, etc.
5. CONCLUSÃO (um parágrafo apenas – duas ou três frases [em média] – de 5 a 7 linhas [em média])
É a finalização do texto. Deve conter os seguintes aspectos:
- Retomada sinótica dos argumentos;
- Conclusão dos argumentos;
- Proposta de intervenção para a solução do problema.
DICAS PARA A ESCRITA DA REDAÇÃO
- Realizar leitura do tema de redação e dos textos complementares;
- Elaborar um roteiro de ideias (introdução, desenvolvimento e
conclusão), respeitando a delimitação de cada etapa;
- Compor antes o rascunho;
- Revisar o texto e passá-lo a limpo.
EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA MÁXIMA - ENEM 2016
(Comentários com base no roteiro acima)
Fonte: G1 Educação
1) INTRODUÇÃO
A Constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro – assegura a todos a liberdade de crença. Entretanto, os frequentes casos de intolerância religiosa mostram que os indivíduos ainda não experimentam esse direito na prática. Com efeito, um diálogo entre sociedade e Estado sobre os caminhos para combater a intolerância religiosa é medida que se impõe.
*Nas linhas 1 e 2, o autor apresenta o conteúdo;
*Nas linhas 3 e 4, o autor mostra o problema e o contrapõe para que;
*Nas linhas 5, 6 e 7 apresente a ideia que abordará no decorrer de seu desenvolvimento.
*Nas linhas 3 e 4, o autor mostra o problema e o contrapõe para que;
*Nas linhas 5, 6 e 7 apresente a ideia que abordará no decorrer de seu desenvolvimento.
2) DESENVOLVIMENTO
Em primeiro plano, é necessário que a sociedade não seja uma reprodução da casa colonial, como disserta Gilberto Freyre em “Casa-Grande Senzala”. O autor ensina que a realidade do Brasil até o século XIX estava compactada no interior da casa-grande, cuja religião era católica, e as demais crenças – sobretudo africanas – eram marginalizadas e se mantiveram vivas porque os negros lhe deram aparência cristã, conhecida hoje por sincretismo religioso. No entanto, não é razoável que ainda haja uma religião que subjugue as outras, o que deve, pois, ser repudiado em um estado laico, a fim de que se combata a intolerância de crença.
De outra parte, o sociólogo Zygmunt Bauman defende, na obra “Modernidade Líquida”, que o individualismo é uma das principais características – e o maior conflito – da pós-modernidade, e, consequentemente, parcela da população tende a ser incapaz de tolerar diferenças. Esse problema assume contornos específicos no Brasil, onde, apesar do multiculturalismo, há quem exija do outro a mesma postura religiosa e seja intolerante àqueles que dela divergem. Nesse sentido, um caminho possível para combater a rejeição à diversidade de crença é descontruir o principal problema da pós-modernidade, segundo Zygmunt Bauman: o individualismo.
De outra parte, o sociólogo Zygmunt Bauman defende, na obra “Modernidade Líquida”, que o individualismo é uma das principais características – e o maior conflito – da pós-modernidade, e, consequentemente, parcela da população tende a ser incapaz de tolerar diferenças. Esse problema assume contornos específicos no Brasil, onde, apesar do multiculturalismo, há quem exija do outro a mesma postura religiosa e seja intolerante àqueles que dela divergem. Nesse sentido, um caminho possível para combater a rejeição à diversidade de crença é descontruir o principal problema da pós-modernidade, segundo Zygmunt Bauman: o individualismo.
*No primeiro momento, ele já explicita o que acredita que não deva ocorrer em sociedade, no combate à intolerância religiosa;
*A ideia que o autor desejou abordar no texto, no final da introdução, começa logo no desenvolvimento, momento em que ele traz exemplo de uma obra literária para corroborar com sua tese sobre o assunto (2º parág.) e quando traz uma contextualização da obra de Zygmunt Bauman (3º parág.)
*O autor, para embasar sua ideia e seus exemplos, traz brevemente um retrato social da questão sobre a intolerância religiosa e comenta também sobre o porquê de posturas assim serem assumidas em um país heterogêneo como o Brasil.
3) CONCLUSÃO
Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar a intolerância religiosa. Cabe aos cidadãos repudiar a inferiorização das crenças e dos costumes presentes no território brasileiro, por meio de debates nas mídias sociais capazes de descontruir a prevalência de uma religião sobre as demais. Ao Ministério Público, por sua vez, compete promover ações judiciais pertinentes contra atitudes individualistas ofensivas à diversidade de crença. Assim, observada a ação conjunta entre população e poder público, alçará o país a verdadeira posição de Estado Democrático de Direito."
*Observa-se, mesmo que não tão nitidamente, que o autor fez uma retomada resumida e direta do conteúdo desenvolvido no texto.
*O autor promove propostas de intervenção ao problema, ou seja, tenta, por meio delas, solucioná-lo, dizendo que, conjuntamente, poder público e sociedade devem lutar pelo fim da intolerância religiosa.
*Posicionando-se dessa maneira, o autor finaliza o texto, apresentando que ações positivas assim podem fazer com que o país, em sua diversidade, sintetize-se em respeito mútuo.
REFERÊNCIAS
G1. "Leia redações nota 1000 do ENEM 2016. Disponível em: . Acesso em: 9 maio 2017
Banco de redações. Disponível em:
< http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/>. Acesso em: 16 ago 2016.
CADORE, Luís Agostinho. Curso prático de Português. 13 ed. São Paulo: Ática, 1999.
CURI, Luiz Roberto Liza. Edital nº 10, de 14 de abril de 2016. Disponível em:
. Acesso em: 16 ago 2016.
LOURENÇO, Ana. A estrutura da dissertação. Disponível em:
. Acesso em: 16 ago 2016.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2014.
MIRANDA, José Fernando. Arquitetura da redação. 5 ed. Porto Alegre: Discubra, 1977.
*A ideia que o autor desejou abordar no texto, no final da introdução, começa logo no desenvolvimento, momento em que ele traz exemplo de uma obra literária para corroborar com sua tese sobre o assunto (2º parág.) e quando traz uma contextualização da obra de Zygmunt Bauman (3º parág.)
*O autor, para embasar sua ideia e seus exemplos, traz brevemente um retrato social da questão sobre a intolerância religiosa e comenta também sobre o porquê de posturas assim serem assumidas em um país heterogêneo como o Brasil.
3) CONCLUSÃO
Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar a intolerância religiosa. Cabe aos cidadãos repudiar a inferiorização das crenças e dos costumes presentes no território brasileiro, por meio de debates nas mídias sociais capazes de descontruir a prevalência de uma religião sobre as demais. Ao Ministério Público, por sua vez, compete promover ações judiciais pertinentes contra atitudes individualistas ofensivas à diversidade de crença. Assim, observada a ação conjunta entre população e poder público, alçará o país a verdadeira posição de Estado Democrático de Direito."
*Observa-se, mesmo que não tão nitidamente, que o autor fez uma retomada resumida e direta do conteúdo desenvolvido no texto.
*O autor promove propostas de intervenção ao problema, ou seja, tenta, por meio delas, solucioná-lo, dizendo que, conjuntamente, poder público e sociedade devem lutar pelo fim da intolerância religiosa.
*Posicionando-se dessa maneira, o autor finaliza o texto, apresentando que ações positivas assim podem fazer com que o país, em sua diversidade, sintetize-se em respeito mútuo.
REFERÊNCIAS
G1. "Leia redações nota 1000 do ENEM 2016. Disponível em: . Acesso em: 9 maio 2017
Banco de redações. Disponível em:
< http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/>. Acesso em: 16 ago 2016.
CADORE, Luís Agostinho. Curso prático de Português. 13 ed. São Paulo: Ática, 1999.
CURI, Luiz Roberto Liza. Edital nº 10, de 14 de abril de 2016. Disponível em:
. Acesso em: 16 ago 2016.
LOURENÇO, Ana. A estrutura da dissertação. Disponível em:
. Acesso em: 16 ago 2016.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2014.
MIRANDA, José Fernando. Arquitetura da redação. 5 ed. Porto Alegre: Discubra, 1977.