LÍNGUA PORTUGUESA - PARTE VIII UM ESTUDO SOBRE A GRAMÁTICA
Verbos são palavras que indicam ações, estados ou fenômenos, situando-os no tempo. São classes de palavras que se flexionam em pessoa, número, tempo, modo e voz.
Quanto à estrutura, os verbos são compostos pelo radical, terminação e vogal temática. Sendo o radical a parte invariável e que normalmente se repete, a terminação a parte que é flexionada e a vogal temática que caracteriza a conjugação.
Especificamente em Língua Portuguesa os verbos possuem três conjugações: ar, er, e ir. Isso é o que também chamamos de primeira, segunda e terceira conjugações. Dessa forma, para melhor compreensão podemos esquematizar assim:
1ª Conjugação: verbos terminados em ar.
2ª Conjugação: verbos terminados em er.
3ª Conjugação: verbos terminados em ir.
Exemplos: estud-ar, escrev-er, part-ir.
Morfologicamente, os verbos classificam-se em regulares, irregulares, anômalos, defectivos e abundantes.
São regulares quando flexionam-se de acordo com o paradigma da conjugação.
Exemplos: estudar: eu estudo, tu estudas, ele estuda, nós estudamos...
Irregulares quando não seguem o paradigma da conjugação.
Exemplos: caber: eu caibo... , medir: eu meço...
Anômalos quando sofrem modificação também no radical.
Exemplos: ir: eu vou..., ser: eu sou...
Defectivos quando não são conjugados em todas as formas.
Exemplos: falir: não possui 1ª, 2ª e 3ª pessoa do presente do indicativo e presente do subjuntivo.
Abundantes quando possuem mais de uma forma de conjugação.
Exemplos: acendido: aceso, incluído: incluso.
Entre outras flexões os verbos flexionam-se em número para concordar com o sujeito e substantivo que acompanham; em pessoa; em tempo; em modo e em voz. Daí, dizer que os verbos se inserem na classe de palavras variáveis. Assim:
Quanto ao número podem ser singular e plural.
Quanto à pessoa podem ser: 1ª pessoa: a que fala, 2ª pessoa: com quem se fala e 3ª pessoa: de quem se fala.
Flexionam-se em tempo para indicar o momento em que ocorrem os fatos: O presente é usado para fatos que ocorrem no momento em que se fala, para fatos que ocorrem no dia-a-dia, para fatos que costumam ocorrer com certa frequência.
Exemplos: Ela trabalha nessa empresa. Ela costura todos os dias.
Usa-se o pretérito perfeito para indicar fatos passados, observados depois de concluídos.
Exemplos: Ela trabalhou nessa empresa veementemente. Ela costurou setenta peças num só dia.
Usa-se o pretérito imperfeito para indicar fatos não concluídos no momento em que se fala como também para falar de fatos que ocorriam com frequência no passado.
Exemplo: Ela costurava todos os dias e ainda cuidava de cinco filhos pequenos.
Usa-se o pretérito mais-que-perfeito para indicar fatos passados ocorridos anteriormente a outros fatos passados.
Exemplo: Já costurava muito, quando ingressou nessa empresa.
Usa-se o futuro do presente para falar de fatos ainda não ocorridos, mas que ocorrerão depois que se fala.
Exemplos: Ela costurará muito e será bem sucedida na profissão.
Usa-se o futuro do pretérito para indicar fatos futuros que dependem de outros fatos.
Exemplo: Ela trabalharia mais, se tivesse menos filhos.
O modo verbal indica de que forma o fato pode se realizar: se indicativo, se subjuntivo ou se imperativo.
Explicando melhor:
Modo Indicativo para fato certo:
Exemplos: Eu estudo, Nós escreveremos.
Modo Subjuntivo para fato hipotético, desejo, dúvida:
Exemplos: Se eles trabalhassem...
Modo Imperativo para ordem, pedido:
Exemplos: Trabalhem com afinco...Sejam estudiosos...
Há ainda três formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio.
As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação.
Exemplos:
A voz ativa acontece quando o sujeito pratica a ação.
Exemplos: O professor elogiou o aluno.
Na voz passiva é o sujeito quem recebe a ação:
Exemplo: O aluno foi elogiado pelo professor...
Já na voz reflexiva o sujeito é quem pratica e sofre a ação:
Exemplo: Dedicou-se aos estudos.