Classificação dos alunos (5)
A classificação, porque consiste na ordenação dos alunos, remete para uma preocupação de justiça. Justiça entendida à maneira dos tribunais, que é cega: as mesmas questões, as mesmas respostas, os mesmos critérios.
Ora, em educação, não há nada mais injusto do que isso. Em educação, impõe-se um outro princípio bem diferente: realidades iguais devem ser tratadas igualmente; realidades diferentes devem ser tratadas diferentemente.
Acontece que não há dois alunos iguais…
Para ilustrar esta posição, consideremos, só como um dos vários exemplos possíveis, a situação que se segue:
Dois alunos iniciam um ciclo, um com nível 2 e outro com nível 4. O do nível 2 dá o seu melhor e consegue, no fim do ciclo, subir para 3; o do nível 4 facilita e repete o 4.
Qual dos dois é melhor aluno?
Qual dos dois tem mais mérito?
Qual dos dois, na sua atividade futura, terá melhores resultados - o que mais se esforça ou o que, embora eventualmente possa ser mais capaz, menos se aplica?
Se uma escala classificativa, seja ela qual for, não resolve estas questões, então para que serve?!...