Avaliação dos alunos (4)
Se refletirmos um pouco, facilmente concluiremos o quão absurda é a classificação dos alunos, dentro do ensino básico obrigatório.
Classificar é ordenar, para os devidos efeitos.
Acontece que, no ensino básico obrigatório, porque é obrigatório, os devidos efeitos não existem.
O que existe são os efeitos indevidos, que já enunciámos em texto anterior (Avaliação dos alunos 2) e que poderemos explicar em textos futuros, caso nisso algum interesse se manifeste.
A natureza da obrigatoriedade do ensino obrigatório e a natureza da não obrigatoriedade do ensino não obrigatório deveriam determinar, só por si, o exclusivo da avaliação, naquele, e, neste, a coexistência da avaliação e da classificação (para os devidos efeitos).
Acresce ainda que, para além de todos o efeitos indevidos, a classificação, para espanto de mais que muitos, é algo que nada tem a ver com a pedagogia ou a didática, sendo completamente estranha ao processo ensino-aprendizagem. O que verdadeiramente conta neste processo é a monitorização: planificação-informação-teste-correção-planificação… , ou seja, aquilo a que muitos chamam a avaliação formativa.
Conclusão: a classificação não só não é avaliação (podendo ser consequência desta, no caso de haver os devidos efeitos) como até é altamente perturbadora do processo educativo e de aprendizagem.