"Uso impessoal de "haver,ter e fazer!"
Emprega-se o verbo haver como impessoal – isto é, sempre na 3ª pessoa do singular – quando tem o sentido de existir. Este é um dos casos de “oração sem sujeito”. Exatamente por isso o verbo haver fica neutro, impessoal, pois ele não tem um sujeito com quem concordar. Os substantivos que complementam o verbo haver são considerados seu objeto direto. Assim, para atender aos preceitos da língua culta, é preciso observar a forma no singular quando o verbo haver está conjugado nos tempos pretéritos ou futuros (no presente dificilmente se cometeria um engano: ninguém diria *hão outros casos). Exemplos: Não há / haverá / haveria soluções a curto prazo. Não mudaremos o país se não houver transformações profundas na Educação Básica. Se houvesse mais justiça, haveria menos descontentes. Para que haja menos neuroses é preciso reeducar as pessoas. Vamos apurar todas as irregularidades que houver, disse o relator da CPI. As mesmas frases, se construídas com existir, teriam o verbo flexionado de acordo com o substantivo, que aí é considerado o sujeito do verbo existir: Não existem soluções a curto prazo. Se existisse mais justiça, existiriam menos descontentes. Para que existam menos neuroses é preciso reeducar as pessoas. Vamos apurar todas as irregularidades que existirem. Em algumas situações também se pode substituir "haver" por outros verbos: Se houver/ ocorrerem problemas, teremos de devolver o dinheiro. Não é natural que haja/ aconteçam tantos distúrbios. Às vezes, havia/ encontravam-se vasilhas de cerâmica aos pés dos mortos. Quando o verbo haver no sentido de existir faz parte de uma locução verbal, ele transfere sua impessoalidade ao verbo auxiliar dessa locução, que permanece, por isso, no singular: Deve haver outras técnicas para melhorar o cultivo. Pelas informações recebidas, está novamente havendo discussões clandestinas. Está havendo coisas de arrepiar os cabelos. Não sei se chegou a haver sessões no Senado naquele período.
Emprega-se o verbo haver como impessoal – isto é, sempre na 3ª pessoa do singular – quando tem o sentido de existir. Este é um dos casos de “oração sem sujeito”. Exatamente por isso o verbo haver fica neutro, impessoal, pois ele não tem um sujeito com quem concordar. Os substantivos que complementam o verbo haver são considerados seu objeto direto. Assim, para atender aos preceitos da língua culta, é preciso observar a forma no singular quando o verbo haver está conjugado nos tempos pretéritos ou futuros (no presente dificilmente se cometeria um engano: ninguém diria *hão outros casos). Exemplos: Não há / haverá / haveria soluções a curto prazo. Não mudaremos o país se não houver transformações profundas na Educação Básica. Se houvesse mais justiça, haveria menos descontentes. Para que haja menos neuroses é preciso reeducar as pessoas. Vamos apurar todas as irregularidades que houver, disse o relator da CPI. As mesmas frases, se construídas com existir, teriam o verbo flexionado de acordo com o substantivo, que aí é considerado o sujeito do verbo existir: Não existem soluções a curto prazo. Se existisse mais justiça, existiriam menos descontentes. Para que existam menos neuroses é preciso reeducar as pessoas. Vamos apurar todas as irregularidades que existirem. Em algumas situações também se pode substituir "haver" por outros verbos: Se houver/ ocorrerem problemas, teremos de devolver o dinheiro. Não é natural que haja/ aconteçam tantos distúrbios. Às vezes, havia/ encontravam-se vasilhas de cerâmica aos pés dos mortos. Quando o verbo haver no sentido de existir faz parte de uma locução verbal, ele transfere sua impessoalidade ao verbo auxiliar dessa locução, que permanece, por isso, no singular: Deve haver outras técnicas para melhorar o cultivo. Pelas informações recebidas, está novamente havendo discussões clandestinas. Está havendo coisas de arrepiar os cabelos. Não sei se chegou a haver sessões no Senado naquele período.