Didática alternativa (1)
Gramáticas, programas e, acerca de ambos, interpretações e reflexões, com muitas citações e infindáveis bibliografias, sempre houve. Também sempre houve estágios pedagógicos, orientadores do modo como dar aulas e conteúdos, que os professores foram adotando, acriticamente, para toda a vida! O que é muito mais difícil de encontrar são verdadeiras didáticas para o funcionamento da língua. Didáticas operativas, organizadoras dos conteúdos, que façam do ensino do português um verdadeiro projeto.
Os manuais seguem os programas e os professores seguem os manuais. Os conteúdos são ministrados de forma avulsa. Peças encaixotadas (quantas vezes de marcas diferentes!) de um motor por montar. Motor que, assim, nunca funcionará! De facto, de que serve, aos alunos do ensino básico, esse amontoado de conteúdos, respigados de diferentes abordagens, sem coesão nem coerência, de que são feitos os programas e os manuais?! Mais do que inútil, é perverso! Porque, em vez de formar, deforma!