TUDO EM PROL DA LÍNGUA PORTUGUESA

Caetano de Sousa João Cambambe recebeu, enquanto frequentava o curso de Ensino do Português e Educação Moral e Cívica na Escola de Formação de Professores de Malanje, três Diplomas de Mérito. Segundo a direcção do IMNE - Malanje, era um "excelente" estudante e, como forma de agredecimento, outorgaram-lhe três Diplomas de Mérito. Um, em 2013, no 11.° ano, por ele participar e obter bons resultados nas Olimpíadas do Saber de Língua Portuguesa ao nível interno; o segundo, por obter a média 15 durante os quatro anos de formação; o terceiro, por ter dignificado o nome daquela instituição de índole académica. Assim sendo, sempre se sentiu felicíssimo por estar entre os melhores estudantes do curso 2012 - 2015; todavia, há, de facto, alguns erros ortográficos, alguns erros de sintaxe funcional da vírgula, etc. Isto é, empregaram a vírgula onde não se poderia em vez de empregarem onde seria o mais correcto. Sendo ele, Caetano, estudante de Português, dever-se-ia ter muito cuidado ao redigir tal artigo para si, pois, apesar de ele ser cego, ainda veja bem (kkkkkkkkk).

Nos presentes documento, é possível a constatação de alguns atentados à língua de Camões. Não é contra, aliás, é pró, pois se hoje conhecemos o Caetano que conhecem, é fruto do bom reconhecimento que teve por parte das escolas onde foi professor de Português e EMC e, por último, da escola e dos professores que o lançaram ao mundo. A esses, é amavelmente grato.

Ainda não teve uma aula propriamente dita a respeito da "Sintaxe Funcional da Vírgula", mas, as pesquisas e os trabalhos a respeito deram-lhe uma outra visão. Assim, sempre teve cuidado em não colocar vírgula entre o nominativo-sujeito e o verbo-predicado, entre o verbo-predicado e os seus objectos, nomeadamente directo e indirecto. Por ora, citamos, com muito orgulho, um excerto de um dos Diplomas de Mérito dele:

"A Escola de Formação de Professores Comandante Cuidado tem a elevada honra de outorgar o presente Diploma de Mérito, ao senhor Caetano de Sousa João Cambambe (...)".

Pelo menos, deu para não empregar a vírgula entre o sujeito e o predicado; todavia, separou-se, de facto, o verbo-predicado do objecto indirecto por vírgula, acto condenável pelos puristas. Assim, o emprego daquela vírgula no excerto acima é, por certo, dispensável. Se houvesse a inversão da ordem directa da frase, penso que não teríamos problemas. Talvez sim, talvez não.

"Um bem-haja caríssimo estudante."

Por norma, o vocativo deve, efectivamente, estar isolado dos demais constituintes frásicos por vírgula. Logo, "caríssimo estudante", no excerto acima, é um vocativo e, assim, deve-se separá-lo.

Ex.: um bem-haja, caríssimo estudante.

"Malanje aos 18 de Dezembro de 2015."

Os topónimos, na datação de um escrito, devem ser isolados por vírgula, a ver-se em João Carlos Matos, Gramática Moderna da Língua Portuguesa, 2012. Assim, teríamos:

"Malanje, aos 18 de Dezembro de 2015".

Atinente à contracção "aos", alguns autores afirmam que é dispensável em casos do género. Teríamos, novamente, "Malanje, 18 de Dezembro de 2015".

Há mais casos por aí, mas não temos tempo para o devido efeito.

Caetano de Sousa Cambambe
Enviado por Littera Lu em 15/06/2016
Reeditado em 02/07/2017
Código do texto: T5667831
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