RESUMO DE MORFOLOGIA
Segundo Rocha, autor do livro Estruturas Morfológicas do Português, afirma que para tentar definir em que consiste o estudo da morfologia, devemos apresentar algumas situações em que foram criadas novas palavras para ilustrar uma situação real de uso.
Situação 1: Pai e filho passam pelo terreiro. De repente, o filho vê uma formiga e pisa em cima dela. Como ela permanece imóvel, o filho afirma:
- Pai, a formiga morreu!
Segundos depois, a formiga volta a andar e o filho exclama:
- Pai, a formiga desmorreu!
Considerando as situações apresentadas, evidenciamos o surgimento de novas palavras na nossa língua. Alguns desses neologismos geram uma estranheza na língua e acabam não se afirmando, outros, no entanto, tendem a serem aceitos mais facilmente.
Aparentemente estamos sintonizados com os objetos de estudos de uma teoria morfológica, tais como foram sintetizados por Scalise (1984, p.41): “O objetivo de uma teoria morfológica é o de definir as `novas’ palavras que os falantes podem formar, ou mais especificamente, as regras através das quais as palavras são formadas”.
Segundo Aronoff, um falante que ouve uma palavra pela primeira vez reconhece-a como palavra da sua língua, e tem intuições a respeito da sua estrutura e do seu significado. Ou seja, automaticamente o falante reconhece se é uma derivação ou composição já existente na nossa língua, ou uma súbita criação.