Seu, seus, sua, suas e ambiguidade
Obs.: Este texto é uma reprodução fiel de uma gramática que eu usei no ano de 2015 numa escola do estado do Piauí; livro da escola. Quero explicar, sem deixar dúvida, reproduzindo as palavras dessa gramática, por que (razão) muitos jornalistas preferem não falar “seu” e “sua”. No lugar desses pronomes, muitos usam “dele” e “dela”. A pergunta não foi feita aqui nesta página, mas espero que o colega recantista veja este texto e saiba o porquê. Além disso, este conteúdo servirá para outras pessoas. Não vou usar aspas, mas todas as palavras abaixo são da gramática cuja referência mostrarei no final.
Ambiguidade das formas SEU (S), SUA (S).
Os possessivos SEU(S) e SUA(S) podem fazer referência à 2ª pessoa (pessoa com quem se fala) e podem também fazer referência à 3ª pessoa (pessoa de quem se fala). Essa dupla possibilidade de relação gramatical gera ambiguidade quando o possessivo admite a associação a dois diferentes possuidores. Veja este exemplo:
A garotinha olhava para o pai sem saber qual seria o SEU destino.
SEU destino – Destino da garotinha ou destino do pai.
Nesse exemplo, a maneira mais simples de desfazer a ambiguidade seria substituir o possessivo SEU por DELA ou DELE. Assim:
A garotinha olhava para o pai sem saber qual seria o destino DELA.
A garotinha olhava para o pai sem saber qual seria o destino DELE.
Referência:
PATROCÍNIO, Mauro Ferreira do. Aprender e praticar gramática: volume único. São Paulo: FTD, 2011, p. 301.
Nota: Não é "enfeite" usar DELE ou DELA, mas bom português, para evitar a ambiguidade.