GRAMÁTICA E BAUDELAIRE: ensino Médio - outubro de 2015

Sequencia pedagógica de conteúdos

1. Pedir que os alunos terminem a leitura de A CIDADE E AS SERRAS - pois teremos um questionário e debate na semana que vem sobre o livro de Eça de Queiros.

Ver em Recanto das Letras: A CIDADE E AS SERRAS - documentário e crítica no Realismo de Eça de Queiros. http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/5404302

Gramática:

"A gramática, a mesma árida gramática, transforma-se em algo parecido a uma feitiçaria evocatória; as palavras ressuscitam revestidas de carne e osso, o substantivo, em sua majestade substancial, o adjectivo, roupa transparente que o veste e dá cor como um verniz, e o verbo, anjo do movimento que dá impulso á frase."

Charles Baudelaire

"Quem não sabe povoar sua solidão, também não saberá ficar sozinho em meio a uma multidão. Todos os grandes poetas se tornam naturalmente, fatalmente, críticos. Todo o homem saudável consegue ficar dois dias sem comer - sem a poesia, jamais."

Charles Baudelaire

http://pensador.uol.com.br/autor/charles_baudelaire/]

REVISÃO DE ARTIGOS E NUMERAIS - livro didático: p. 214, exercícios : p. 216 - 217

e 218-221.

LITERATURA E LINGUAGEM POPULAR: p. 149-151

INTRODUÇÃO AO SIMBOLISMO: p. 152 - Cap. 18: p. 154;

Baudelaire: p. 155 ( livro aberto) como sugestão de leitura - pedir que os estudantes leiam ou busquem na internet mais sobre o autor e sua obra - ele é um dos símbolos da modernidade europeia.

Charles-Pierre Baudelaire (Paris, 9 de abril de 1821 — Paris, 31 de agosto de 1867) foi um poeta boémio ou dandy ou flâneur[1] e teórico da arte francesa.

Charles Baudelaire - Poeta

Charles-Pierre Baudelaire foi um poeta boémio ou dandy ou flâneur e teórico da arte francesa. É considerado um dos precursores do simbolismo e reconhecido internacionalmente como o fundador da tradição ...

Wikipédia

Nascimento: 9 de abril de 1821, Paris, França

Falecimento: 31 de agosto de 1867, Paris, França

Influências: Edgar Allan Poe, Victor Hugo, Gustave Flaubert, mais

Filmes: As Tais Cariátides, A Serpente que Dança

Irmão: Claude Alphonse Baudelaire

É considerado um dos precursores do simbolismo e reconhecido internacionalmente como o fundador da tradição moderna em poesia,[2] juntamente com Walt Whitman, embora tenha se relacionado com diversas escolas artísticas.

Sua obra teórica também influenciou profundamente as artes plásticas do século XIX.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire

As Flores do Mal

https://pt.wikipedia.org/wiki/As_Flores_do_Mal

(título original em francês: Les Fleurs du mal) é um livro escrito pelo poeta francês Charles Baudelaire, considerado um marco da poesia moderna e simbolista.

As Flores do Mal reúnem, de modo exemplar, uma série de motivos da obra do poeta: a queda; a expulsão do paraíso; o amor; o erotismo; a decadência; a morte; o tempo; o exílio e o tédio.

Pelas palavras de Paul Valéry: «As Flores do Mal não contêm poemas nem lendas nem nada que tenha que ver com uma forma narrativa.

Não há nelas nenhum discurso filosófico. A política está ausente por completo. As descrições, escassas, são sempre densas de significado. Mas no livro tudo é fascinação, música, sensualidade abstracta e poderosa.»

«Neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião (travestida), todo o meu ódio.», escreveu Baudelaire sobre este livro numa carta.

Em 1857, no dia 25 de Junho, são publicadas As Flores do Mal. O livro foi logo violentamente atacado pelo Le Figaro e recolhido poucos dias depois sob acusação de insulto aos bons costumes.

Baudelaire foi condenado a uma multa de 300 francos (reduzida depois para 50) e o editor a uma multa de 100 francos e, mais grave, seis poemas tiveram de ser suprimidos da publicação, condição sem a qual a obra não poderia voltar a circular.

Em 1860 sai a segunda edição de As Flores do Mal. Foi organizada em cinco secções segregadas tematicamente:

Spleen et Idéal (Tédio e Ideal)

Tableux parisien (Quadros Parisienses)

Le Vin (O Vinho)

Les Fleurs du Mal (As Flores do Mal)

Révolte (Revolta)

La Mort (A Morte)

http://www.projetovemser.com.br/blog/wp-includes/downloads/As%20%20Flores%20do%20Mal%20-%20Charles%20Baudelaire.pdf

VEJA OS POEMAS DE BAUDELAIRE

MORTE DOS AMANTES

Teremos leitos só rosas ligeiras Divãs de profundeza tumular, E estranhas flores sobre prateleiras, Sob os céus belos a desabrochar. A arder de suas luzes derradeiras, Nossos dois corações vão fulgurar, Tochas a refletir duas fogueiras Em nossas duas almas, este par Gêmeos espelhos. Por tarde mediúnica, Nós trocaremos uma flama única Um adeus que é um soluço tão cruel; Pouco depois, um anjo abrindo as portas, Virá vivificar, o mais fiel, Os espelhos sem luz e as chamas mortas.

A MORTE DOS POBRES Vivemos pela morte e só ela é que afaga; É a única esperança, e o mais alto prazer, Que como um elixir nos transporta e embriaga, E nos faz caminhar até o anoitecer. E através da tormenta, e da neve e da vaga, É o vibrante clarão de nosso obscuro ser, Albergue inscrito em Livro e que nunca se apaga, Feito para jantar e para adormecer. É um anjo que segura em seus dedos magnéticos O sono e mais o dom dos êxtases mais poéticos, Que sempre o leito arruma aos pobres, como aos rotos; Ela é a glória de Deus e a bolsa do mendigo, É o místico celeiro e mais o lar antigo, Pórtico que se abriu para os céus mais ignotos.

A MORTE DOS ARTISTAS Quantas vezes irei sacudir os meus guisos, Tua fronte beijar, morna Criatura? E para o alvo alcançar, de tão mística altura, Quantos dardos da aljava hão de me ser precisos? Em conjuras sutis usaremos os juízos, Para após demolir muita grave armadura, Antes de contemplar a grande Criatura De desejo infernal que paralisa os risos! Há estes que o Ídolo seu não fitaram jamais, Há o maldito escultor que, marcado de ofensa, Só vive a martelar o peito e a fronte imensa. Só esperam - Capitólio, e de sombras fatais! - Venha a Morte e planando à feição de um sol novo, Em seu cérebro arder como um floral renovo.

O FIM DA JORNADA Debaixo de uma luz tão baça, Vai, corre e dança sem razão, A vida, gritante e devassa. Porém, logo que, na amplidão, A noite voluptuosa sonha Tudo abrandando, mesmo a fome, Tudo apagando, até a vergonha, O poeta em lassidão sem nome Diz: - “Os meus ossos e a minha alma Invocam ardentes a calma; E, de coração tumular, Agora vou dormir de lado, Rolar em vosso cortinado, Ó trevas de refrigerar!”

O SONHO DE UM CURIOSO A F.N. Ah, sabes como eu sei, a dor tão saborosa, E que te faz dizer “Oh! O homem singular!” - Ia morrer. Havia em minha alma amorosa, Sonho misto de horror, um mal particular; Angústia e espera viva e jamais sediciosa. Mais a ampulheta eu via fatal se esgotar, Mais sentia a tortura áspera e deliciosa; Fugia o coração ao mundo familiar. Eu era como a criança ávida do espetáculo. E a ela o pano de boca era um odiento obstáculo... Enfim se revelou a verdade tão fria: Sem surpresa morri, e a aurora negra e infinda Estava em torno. Oh, Deus era só isto o que eu via? Tinha-se erguido o pano e eu esperava ainda.

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Enviado por J B Pereira em 04/10/2015
Reeditado em 04/10/2015
Código do texto: T5404341
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