Conceituando SEMÂNTICA...

MENSAGEM DE ABERTURA :

"Sem um domínio, ainda que mínimo, de Semântica, é

algo simplesmente impensável a existência de leitor po-

lissêmico" (aquele de elevada capacidade crítica".

Prof. Pedro Alcântara Lima e Silva.

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A SEMÂNTICA é um dos segmentos - o mais expressivo, diga-se de passagem - da Língua Portuguesa, cabendo-lhe a incumbência de descobrir / atribuir (possíveis) diferentes sentidos a uma mesma expressão ou frase.

Quando para uma mesa frase, em função de determinados fatores linguísticos nela presentes e / ou do contexto, há a possibilidade de mais de uma interpretação, ocorre o que chamamos de "situação ou contexto semântico".

Por oportuno, há que se esclarecer que NEM TODA EXPRESSÃO OU FRASE PERMITE MAIS DE UMA INTERPRETAÇÃO.

Assim sendo, para que uma frase se enquadre na condição de SITUAÇÃO SEMÂNTICA, conforme acima adiantado, faz-se indispensável que nela esteja presente um dos FATORES DETERMINAN-

TES DE UMA SITUAÇÃO SEMÂNTICA, tais como : o emprego ou não emprego de uma vírgula, o sentido figurado de determinada palavra, enfim...

A esses fatores atribuímos a designação de "PRO-

VOCADORES DE SITUAÇÕES SEMÂNTICAS", dos quais a lista completa é objeto de um dos capítulos seguintes e integrantes da nossa obra gramatical "SEMÂNTICA básica TEXTUAL", cuja elaboração está em fase final para subsequente lançamento.

Porém, dentre esses "provocadores" um em es-

pecial merece destaque, pela predominância de seu emprego nos con-

textos semânticos : a chamada SEMÂNTICA PREPOSICIONAL, através de cujo processo uma preposição inadequadamente empregada numa frase pode provocar a possibilidade de mais de uma interpretação (aí, teríamos A INTERPRETAÇÃO CONSAGRADA (ou pretendida) e A INTER-

PRETAÇÃO SEMANTICAMENTE POSSÍVEL. E é neste ponto que este as-

sunto passa a ter influência na produção ou interpretação textual.

Como ilustração desse caso de SEMÂNTICA PRE-

POSICIONAL, tomemos por base a frase a seguir, que foi título de uma

notícia há pouco tempo :

"Espionagem DE Dilma é fato grave".

O emprego inadequado da preposição DE, nes-

te contexto, faz com que esta frase passe a permitir estas duas possi-

bilidades de interpretação :

INTERPRETAÇÃO PRETENDIDA :

(por representar o que é real)

A presidente Dilma FOI ALVO de espionagem (dos EUA), que

é fato grave.

INTERPRETAÇÃO (também) POSSÍVEL

(à luz da semântica)

A presidente Dilma TEM PRATICADO (embora não esteja cla-

ro contra quem) espionagem, que é fato grave.

pedralis
Enviado por pedralis em 10/09/2015
Código do texto: T5377211
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