TUDO QUE ou TUDO O QUE?

Obs.: Eu já abordei este assunto neste site há muito tempo: em 16 de março de 2012. Agora, eu reafirmo, trazendo mais exemplos e maior fundamentação. Vejamos!

Domingos Paschoal Cegalla, na obra “Novíssima Gramática da Língua Portuguesa”, 48ª edição, 2008, na página 571, registra: “Pode-se dizer, indiferentemente, TUDO QUE ou TUDO O QUE”. Exemplos presentes nessa gramática:

“Esqueça tudo que ficou atrás.”

“Esqueça tudo o que ficou atrás.”

“Nem tudo que brilha é ouro.”

“Nem tudo o que brilha é ouro.”

O “Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa”, ano 2004, nos oferece estes exemplos:

“Tudo que existe é imaculado e é santo!” (Guerra Junqueiro, A Velhice do Padre Eterno, p. 174)

“Teu corpo é tudo o que cheira.../ Rosa... flor de laranjeira...” (Manuel Bandeira, Poesia e Prosa, I, p. 44)

“Tudo o que de mim se perde/ acrescenta-se ao que sou.” (Tiago de Melo, Vento Geral, p. 131)

“Tudo o que te venho dando/ é pouco, eu sei, muito pouco.” (Id., ib., p.32)

O mesmo dicionário faz esta observação:

“Como se vê de alguns dos exemplos citados, usa-se indiferentemente TUDO QUE ou TUDO O QUE.”

O “Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa”, 2009, registra: “Tudo mais e tudo o mais são ambas formas registráveis no português culto, assim como TUDO QUE e TUDO O QUE”. Exemplos registrados pelo Houaiss:

“Tudo que ele disse.”

“Tudo o que ele disse.”

“Deus criou tudo o que existe.”

Obs.: Os destaques foram feitos por mim.

Portanto, você escolhe: TUDO QUE ou TUDO O QUE. Significado: a totalidade das coisas e/ou dos animais; todas as coisas.

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 20/08/2015
Reeditado em 20/08/2015
Código do texto: T5353236
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