Dia 26 de julho é dia do quê, mesmo? Dos AVÓS...ou dos AVÔS ?
É, por vezes, muito engraçada a nossa gramática :
ela institui as regras e ela própria acaba se rendendo ao desvirtuamen-
to dessas mesmas regras.
É o que ocorre com o termo AVÓS...
Pelo que ensinam as REGRAS DE CONCORDÂNCIA
NOMINAL, no caso de um sujeito ser formado por um indivíduo mascu- lino e outro, feminino, NA FORMA PLURAL A PREDOMINÂNCIA É O INDIVÍDUO MASCULINO.
Assim sendo, temos :
FORMA SINGULAR FORMA PLURAL
Avô (masculino) AVÔS (SOM FECHADO)
Avó (feminino) AVÓS (SOM ABERTO.
Tomando-se por base o princípio gramatical acima
(predomínio do masculino), por que a gramática não se posiciona con-
trariamente com relação ao emprego I N C O R R E T O da forma
"avós" para referir-se ao avô e à avó de uma pessoa ?
Se, repetimos, há o predomínio do masculino, e
se está se referindo ao indivíduo do gênero masculino e feminino, DE-
VE-SE USAR A FORMA A V Ô S (som fechado) para referir-se aos
dois.
Por consequência, SOMENTE SE PODERIA USAR
A FORMA PLURAL A V Ó S (som aberto), quando houvesse referência
apenas às duas avós : À AVÓ MATERNA E À AVÓ PATERNA DE DETER-MINADA PESSOA.
Pelo exposto, SE VOCÊ GOSTA DE PRATICAR O
PORTUGUÊS C O R R E T O, quando se referir ao pai e à mãe de seu
pai ou de sua mãe, empregue A V Ô S (som fechado). E se alguém
tentar corrigí-lo (a), use o argumento acima (a regra de concordância)
(Já havíamos postado uma publicação sobre este
assunto há algum tempo, mas a ele retornamos considerando a exten-
sa lista de frases, no dia 26/07, nas mídias, em homenagem aos AVÔS, nas quais, talvez por desconhecimento da regra gramatical acima, foi empregado POR UNANIMIDADE a forma incorreta (avós). Achamos válido repetirmos o assunto, não ?)