Agradecer: regência
O verbo AGRADECER é transitivo direto e indireto: exige objeto direto de coisa e indireto de pessoa. Exemplos:
“Agradeci o presente A meu amigo.” (Sacconi)
“Agradeci-lhe o presente.” (Sacconi)
“O comerciante agradeceu a preferência aos fregueses.” (Sacconi)
“O comerciante agradeceu-lhes a preferência.” (Sacconi)
“Raul Gil agradeceu a presença do cantor.” (Dad Squarisi)
“Eu agradeço a gentileza.” (Dad Squarisi)
“Eles agradeceram os cumprimentos recebidos.” (Dad Squarisi)
“Agradeci ao diretor.” (Dad Squarisi)
“Agradeceu a Daniel a presença no programa.” (Dad Squarisi)
“Agradeceu a Deus a saúde dos filhos.” (Dad Squarisi)
“Agradeceu ao chefe a promoção recebida.” (Dad Squarisi)
“O dono do restaurante agradeceu a preferência (od) aos fregueses (oi).” (Prof. Sérgio Nogueira Duarte da Silva)
Agradeço a sua atenção. Agradeço sua atenção.
Agradeço a preferência.
Agradeço o apoio.
Agradecemos a gentil visita. Agradeço a gentil visita. Agradecendo a gentil visita...
Nota – O gramático LUIZ ANTONIO SACCONI, na obra “Português bem mais fácil: tudo sobre regência e crase”, volume 8, afirma: “Não é bom português o emprego do verbo AGRADECER com a preposição ‘por’:
– Agradeci meu pai ‘pelo’ presente.
– O comerciante agradeceu os fregueses ‘pela’ preferência.
Tal construção é própria da língua italiana: agradecer alguém ‘por’ alguma coisa”.
Essas mesmas construções, para ficarem adequadas à norma-padrão, devem estar assim:
Agradeci a meu pai o presente. Agradeci o presente a meu pai. O comerciante agradeceu aos fregueses a preferência. O comerciante agradeceu a preferência aos fregueses.
Por obséquio (zé), não erre mais!
Obs.: Segundo o Houaiss, o Aurélio e outros mais de 10 dicionários que eu tenho, a pronúncia é obséquio (zé).