Quando, numa frase, há dois (ou mais) referentes não é só o pronome possessivo "SEU" (\"sua") que permite dubiedade interpretativa...
(A título de relembrança...)
Dubiedade interpretativa provocada pelo emprego do
pronome possessivo "seu" :
Pedro disse a Paulo que SEU pai é um desregrado.
(Pela presença dos 2 referentes - "Pedro" e "Paulo",
o pai desregrado citado na frase tanto pode ser entendido como sendo o
pai de Pedro como o pai de Paulo).
Repetindo : nessa frase, a dubiedade interpretativa foi provocada pelo emprego do PRONOME POSSESSIVO ("seu").
Vejamos, agora, uma outra frase em que - novamente provocado pela presença de mais de um referente - é o PRONOME PESSOAL DO CASO RETO ("ele" ou "ela") que enseja a possibilidade de mais de uma interpretação para uma mesma frase :
"Um determinado deputado baiano disse ao prefeito ACM Neto que ELE é que deveria ser o candidato a governador na próxima eleição".
Como se pode observar, o pronome pessoal do caso reto "ele" - face à presença de mais de um referente ("Um determinado deputado baiano" é um referente e "ACM Neto", outro), tanto pode referir-se ao deputado como ao prefeito ACM Neto.