As últimas lembranças
“ As últimas lembranças é a história de homenagem a todos aqueles que perderam as suas vidas em acidentes de viação, é um hino á responsabilidade civil, é uma chamada de atenção a todos os que andam nesta estrada da vida. ”
Capitulo 1 – Raquel Peixoto
Raquel Peixoto é uma menina com 19 anos , morena 1 metro e 80 , 76 quilos nascida na vila de Alcobaça.
Raquel era uma jovem como tantas outras, saia á noite com os seus amigos, andava na universidade,tinha hobby´s e paixões.
Sexta feira dia 12 de Dezembro de 2002, Raquel e os seus amigos saiam para mais uma noite de diversão antes da época natalícia que por norma os faz regressar a casa , rumaram a Alcântara animados com o espírito que os caracterizava, passaram uma noite animada na despedida do grupo antes do reencontro da tradicional passagem de ano em que não dispensavam a festa com todos presentes.
Raquel foi a primeira a deixar a discoteca, saiu e entre despedidas e desejos de bom natal para os amigos, Raquel entrou no seu carro e preparava se para fazer os 50 quilómetros que a distanciava de casa.
Nessa noite, Raquel não percorreu os 50 quilómetros, ao 15º Raquel foi surpreendida por um condutor irresponsável, num cruzamento o carro de Raquel foi abalroado e Raquel sofreu morte imediata.
O grupo de amigos de Raquel soube da noticia no dia seguinte, visivelmente chocados perguntavam se como era possível tudo aquilo ter acontecido após uma noite de diversão, uma noite em que Raquel tinha saído mas não tinha bebido álcool, uma noite onde a despedida não deveria ter sido eterna.
A família de Raquel visivelmente destroçada viveu os anos seguintes com as lembranças daquela noite e da chamada a meio da noite que traria as más noticias, ainda hoje se relembram da chegada ao hospital, da preocupação , das lágrimas, da tristeza e de tudo aquilo que compõe uma situação de vida ou morte.
Capitulo 2 – Rui Oliveira
Rui Oliveira é um jovem com os seus 17 anos, 1 metro e 75, 65 quilos, filho de uma família de classe média constituída por 5 elementos, nascido na vila de Santarém.
O Rui como a maioria dos jovens adorava estar com os seus amigos, conversar e acima disso divertir se.
05 de Agosto de 2010, Rui e os seus amigos combinaram um café, Rui pediu ao seu irmão que o levasse e lá foi.
A diversão , a conversa e a amizade imperaram no café , pelas 22:00 Rui entrou no carro para regressar a casa com o seu irmão, percorreram cerca de 30 quilómetros até que um carro em contra mão os obrigou a enfiarem se na valeta.
Rui acordou, á sua volta via sirenes e ouvia vozes a dizerem lhe para não se mexer e ter calma, Rui só conseguia pensar no seu irmão perguntava por ele chamava por ele, sem resposta.
Felizmente Rui sofreu apenas 1 braço partido e escoriações já o seu irmão não teve a mesma sorte , Paulo (irmão de Rui) esteve inconsciente durante 2 anos num coma profundo, ao acordar deparou se com uma paralisia dos membros inferiores que fez a sua vida mudar a 500%.
Ainda hoje Rui pensa naquela noite e naquele maldito café, Paulo não tem mágoa com Rui mas Rui sente se culpado por tudo o que aconteceu.
Paulo acabou por recuperar alguns movimentos, hoje anda com ajuda de um sistema especial e não pode conduzir.
Rui não aguentou a culpa e acabou por ceder á pressão , terminou a sua vida 1 ano mais tarde no dia em que completava a maioridade, em casa apenas deixou um bilhete com um pedido de desculpas a Paulo.
Capitulo 3 – Artur Santos
Artur Santos, 39 anos, natural de Viseu, especialista numa empresa de segurança na cidade do Porto, no seu trabalho Artur visita clientes por todo o pais, fazendo muitas viagens longas.
07 de Setembro de 1998 , Artur fazia uma viagem Porto – Faro para visitar um cliente quando ao quilometro 70 da A1, Artur perdeu o controlo do seu carro e embateu na berma .
Artur não sofreu danos graves mas o seu carro não teve salvação, Artur admitiu que o acidente se deveu ao excesso de cansaço que num flash de olhos o fez perder o controlo do carro.
Além do carro desfeito, Artur teve ainda de pagar os estragos na via e não ganhou para o susto que sofreu naquele dia, ainda hoje diz que se lembra daquele dia.
Capitulo 4 – Conclusão
Nesta estrada da vida a responsabilidade civil é um dever de todos nós, é acima de tudo a principal responsabilidade que temos quando saímos á rua, seja para nos divertirmos ou apenas para percorrer alguns quilómetros, sejam felizes e responsáveis.