IDIOTA!

Calma! Eu não estou chamando ninguém de idiota. Vejamos!

A origem da palavra IDIOTA é a palavra grega IDIÓTES, que significa “homem privado, em oposição a homem de Estado”. Explico:

Houve um tempo em que, na Grécia, aqueles que eram considerados cidadãos se reuniam em assembleias para decidirem sobre os assuntos da cidade. Não demonstrar interesse pelos assuntos públicos e pelos negócios do Estado era uma atitude considerada tão estúpida, que a palavra idiota era usada para indicar o cidadão particular, ou seja, aquele que se interessava apenas pelos assuntos pessoais, e não se preocupava com os problemas da cidade. Com o tempo, a palavra IDIOTA ganhou outros significados. Hoje, sabemos que ser idiota significa ser uma pessoa que diz ou faz tolice; imbecil. É a pessoa sem educação, ignorante em algum ofício. É uma pessoa pouco inteligente, estúpida. Alguém pretensioso, afetado; amalucado. É, ainda, a pessoa que sofre de “IDIOTIA: atraso intelectual profundo, caracterizado por ausência de linguagem e nível mental inferior ao da idade normal de três anos, e muitas vezes acompanhado de malformações físicas”.

Obs.: É muito bom evitar ser um idiota. Nenhum dos significados dessa palavra é bom, nem o primeiro. Além disso, devemos evitar usar essa palavra para denominar alguém, se possível (rs). Basta que eu mesmo me chame de idiota (rs). Se alguém me disser que sou um, eu farei igual a Sócrates diante das pessoas que aceitavam conversar com ele: buscarei explicação para aquilo que alguém afirma. A pessoa terá de provar com argumentos sólidos a minha idiotice. Se provar, eu ficarei muito grato (rs).

Obras consultadas:

Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 2004;

Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2009;

Caldas Aulete: minidicionário contemporâneo da língua portuguesa, 2011;

PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e Vida: da pré-história à Idade Média. Vol. 3. 19ª ed. São Paulo: Ática, 1997. 144 p.