Releitura/reflexão sobre nosso próprio questionamento gramatical...
Em publicação recente, com o título "cadê a
analogia, Srs. dicionaristas ?", questionávamos sobre a possível
falta de analogia entre estes pares de termos :
Para o verbo "proPOR", o substantivo-adjetivo é propoNente
(em cuja conversão - verbo/substantivo - o substan-
tivo recebeu a consoante de ligação N).
(O mesmo ocorre com o verbo "oPOR", em que o substantivo
/adjetivo também recebe tal consoante de ligação : opoNente).
Entretanto, o mesmo já não ocorre quando é feita
a conversão de "dePOR" (verbo) para o substantivo-adjetivo corres-
pondente : depoEnte (onde não foi acrescentada a consoante de liga-
ção N).
Após a publicação daquele nosso texto, começamos
a refletir sobre o seu conteúdo. E a conclusão a que chegamos compli-
ca mais que esclarece. Ainda assim, permitimo-nos levar tal conclu-
são (tomara que pertinente !) à reflexão do amigo leitor / colega re-
cantista que nos dá o prazer de suas visitas :
Os substantivos-adjetivos (propoNente e opoNen-
te - com o emprego da consoante de ligação N), poderiam ter como
sustentação gramatical que :
- Os verbos proPOR e oPOR são formas derivadas do verbo
PÔR;
- Uma das formas mais antigas (no Latim) para o verbo "pôr"
era PONER (que empregava a consoante de ligação N);
Já o substantivo-adjetivo "depoente" (sem empre-
go da consoante de ligação) teria como fundamentação gramatical
que :
- O verbo dePOR é, também, uma forma derivada do verbo
"pôr";
- A forma latina do verbo "por" POSTERIOR A "PONER" é :
"POER" (já sem emprego da consoante de ligação "n").
Parecem-lhes pertinentes tais considerações ?