JIHADISTAS RECUAM EM KOBANE APÓS ATAQUES DA COALIZAÇÃO
Esse é o título de uma notícia que hoje aparece em www.er.com
Parece-nos oportuno citar José Mário Costa, em seu artigo «O anómalo "jihadista"», a propósito deste assunto:
«Desde a reforma ortográfica de 1911 que deixou de haver palavras com o "h" entre vogais. Por isso, passou a escrever-se aí (em vez de ahi), coerente (em vez de coherente), exortar (em vez de exhortar), inibir (em vez deinhibir), proibir (em vez de prohibir), sair (em vez de sahir) – e por aí adiante. Porquê, então, a insistência numa forma ultrapassada há mais de cem anos (ainda por cima, estando já consagrado o aportuguesamento jiade, de “jihad”)?»
«(…)não tem qualquer sentido a grafia "jihadista"... pela simples razão de que, no português, não há palavras com o h entre vogais.
Se a palavra entrou na língua portuguesa, então, tem de assumir a (lógica) feição portuguesa: jiadista – tal como jiade, de onde se formou, e bem, o substantivo jiadista.
Essa é a regra para todos os aportuguesamentos de estrangeirismos entrados pelo uso na nossa língua. Desde os galicismos de outros tempos (bibelot/bibelô, bicyclette/bicicleta, dossier/dossiê) até aos anglicismos mais ou menos recentes (football/futebol, dandy/dandi, whisky/uísque, copy-desk/copidesque), etc., etc., etc.»
No artigo de José Mário Costa, o reparo foi feito, mas como caiu em saco roto...
Os jornalistas da Record, todavia, pensaram diferente. Deram-se bem!?...