ERROS DE UM PROFESSOR FORMADO EM LETRAS

Obs.: Fui obrigado a não desistir!

No Recanto das Letras, eu já participei de muitos debates sobre alguns aspectos da Língua Portuguesa. No entanto, eu tenho vontade de não mais entrar em algumas discussões. Não por medo, mas por ter conhecimento de que sempre teremos alguma coisa a ser discutida. As discussões não têm fim. Algumas são inúteis. Penso eu.

Há algum tempo, eu desejo parar de publicar os meus textos, as minhas obras. No Recanto das Letras, eu encontrei admiradores e amigos. Gosto muito deste espaço.

Quem age da minha forma encontra todo tipo de admirador e muitos inimigos também. Há algum tempo, eu percebi que um leitor e admirador (é ele quem declara ser meu admirador) estranha certos aspectos da minha escrita, principalmente a falta de métrica nos meus poemas. Sou verdadeiro: quando o assunto é poesia, eu não me prendo, eu não me preocupo com a métrica. Sou livre! Ora, isso já é permitido atualmente. Quem conhece a Literatura Brasileira do século XX sabe que eu posso ser livre poeticamente.

O admirador (declarado) é Daniel Silva (ele diz), recantista de cognome Plácido Pensar. Ontem, dia 10/10/2014, ele escreveu um texto sobre supostos erros que eu cometo na escrita. O texto é este: http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/4994399. Vejamos O QUE ELE DIZ, citando supostos erros cometidos por mim:

“... Sendo que tu, Ivan, não passas de um reprodutor da gramática, coisa que qualquer pessoa pode ser. Isto tu fizeste sem ao menos ter formação na área, porque até ‘onde sei’, a tua formação é em Filosofia (não que alguém formado em outra área, (sic) não possa aprender o português) e não Licenciatura em Letras; mostrando, portanto, o teu despreparo. O que tu fizeste? Elencarei somente duas orações, pois as outras não valem a pena.

‘Neste site existe todo tipo de gente, principalmente gente que se mete a falar coisa que NÃO sabe sobre LÍNGUA PORTUGUESA.’.

Pois bem, peço que tu vejas na foto acima, na segunda linha do primeiro parágrafo do TEU texto, o sintagma: ‘Neste domingo, dia 12 de outubro de 2014, eu publicarei o último.’. Observe o erro ‘Crasso’ que tu cometes ao usar a contração em+este (pronome demonstrativo) ‘NESTE’ de maneira errada, muito ERRADA mesmo. O ‘NESTE’ indica tempo presente em relação ao emissor e jamais deve ser usado para indicar, seja tempo passado aproximado, seja tempo futuro aproximado. Logo, a forma adequada para este uso seria a contração em+esse (pronome demonstrativo) ‘NESSE’; provando assim, que tu não és o detentor do saber e que também estás fadado a erros. Reconstruindo a tua fala ficaria assim: ‘Nesse domingo, dia 14 de outubro de 2014, eu publicarei o último.’. Percebe-se categoricamente o erro cometido por ti. Como tu vais explicar isto para os teus leitores? Tu sabes falar a respeito do que é anafórico e do que é catafórico?

Ora, meu amigo, tome vergonha na tua cara!...

Sinto vontade de rir de ti. Pois os teus sonetos são todos irregulares. Tu não tens um sequer metrificado...

Domingos Ivan, antes de excretares bobagens pela boca, vá estudar...

[...]

Eu sou Daniel Silva, no Recanto das Letras, Plácido Pensar. Sou formado em Letras pela Universidade Estadual de Roraima e interessadíssimo pelas: Linguística de texto e análise do Discurso...”

OK! AGORA, SOU EU: DOMINGOS IVAN BARBOSA! VAMOS AO QUE É CERTO!

Eu escrevi: NESTE DOMINGO, DIA 12 DE OUTUBRO DE 2014, EU PUBLICAREI O ÚLTIMO.

Daniel Silva (Plácido Pensar), porém, disse que o certo é: NESSE domingo.

Eu poderia mostrar o que é registrado por Dad Squarisi, Sacconi, Domingos Paschoal Cegalla, Evanildo Bechara, A Gramática do Concursando (de José Almir Fontella Dornelles), entre outros. No entanto, serei direto e claro!

O PROFESSOR SÉRGIO NOGUEIRA DUARTE DA SILVA, NO LIVRO “O PORTUGUÊS DO DIA-A-DIA: COMO FALAR E ESCREVER MELHOR”, ano 2004, na página 146, registra:

O CONGRESSO ESTÁ SE REALIZANDO POR ESTES DIAS (ESTES DIAS= INCLUI O DIA DE HOJE).

HAVERÁ FLA X FLU NESTE DOMINGO (NESTE DOMINGO= DOMINGO MAIS PRÓXIMO).

CHOVE NESTA SEXTA-FEIRA EM TODO O PAÍS (NESTA SEXTA-FEIRA= SEXTA-FEIRA MAIS PRÓXIMA).

NESTA MADRUGADA EXPLODIU UMA BOMBA EM CHICAGO (NESTA MADRUGADA= DE HOJE).

Viu? Eu estou certo! NESTE DOMINGO porque é o domingo mais próximo! Preciso desenhar?!

“Observe, vá, tome, tu...”, no mesmo texto? Escrito por alguém que diz ser formado em Letras?

Na mesma frase, ele escreve: “Observe o erro ‘Crasso’ que tu cometes...” Isso escrito por alguém que diz respeitar a norma-padrão? Não pode! Ora, segundo a norma-padrão, se eu começo usando o “tu”, eu devo usar sempre o “tu”. Se eu começo usando o “você”, eu devo continuar usando o “você”. Isso se chama uniformidade de tratamento. Ora, quando eu uso a palavra OBSERVE, eu estou usando implicitamente o VOCÊ. Quando eu uso TOME, eu estou usando o VOCÊ. No entanto, ele diz: SINTO VONTADE DE RIR DE TI. Ele diz: COMO TU VAIS EXPLICAR ISTO PARA OS TEUS LEITORES?

Sou claro! Ou VOCÊ ou TU? Um dos dois. Os dois juntos não podem estar. Na mesma frase, TU e VOCÊ não podem estar. No mesmo texto, TU e VOCÊ não podem estar. Eles não se cheiram! Ou um, ou outro. Isso é regra! Isso é norma! Isso é norma-padrão! Na variedade popular, porém, pode! O que não é o caso discutido aqui.

Quando eu erro, porque também erro, eu volto e corrijo. Veja, caro leitor: eu reedito os textos nos quais há descuidos ou erros gramaticais. Veja isso no Recanto das Letras e no Facebook. Corrijo até comentários que eu faço. Todos erram. No entanto, é preciso saber para poder criticar.

Obs.: Eu estudo todos os dias. Não paro!

Agora, os leitores têm mais certeza da péssima educação brasileira. Gente formada em Letras que não sabe quando se pode usar a palavra NESTE. Gente formada em Letras que não sabe usar a uniformidade de tratamento. E ainda se acha conhecedora. O pior defeito, neste caso, é se considerar sabedor (a) do que não sabe.

Um alerta: você, leitor, que fez ou faz o curso de Letras, não fique satisfeito somente com o que você aprendeu na Universidade. Isso não é tudo, não é suficiente. Seja um estudioso permanente. Caso contrário, você será uma pessoa iludida a respeito do que imagina saber.

Obs.: Neste caso, eu usei "você" para me referir ao leitor mesmo, e não à pessoa a quem eu vinha me referindo. Uniformidade de tratamento perfeita!

Eis por que (razão) eu agradeço a Deus o curso que eu fiz. Ora, a Filosofia nos ensina a nunca nos considerar pessoas prontas e acabadas. O conhecimento é ilimitado. Quem ama o conhecimento não deixa de estudar, pois nunca paramos de aprender. Só para de aprender quem morre (todos morremos) e quem pensa já saber tudo. Quem imagina saber tudo é quem menos sabe. Por isso, professor Daniel Silva, formado em Letras, vai estudar! Quando tu tiveres alguma dúvida, busca todos os aspectos do assunto! Pergunta!

Parabenizo o amigo, escritor e recantista Jajá de Guaraciaba: por duas vezes, ele manifestou dúvida sobre certos pontos na minha escrita. O amigo Jajá de Guaraciaba pediu que eu explicasse aqueles assuntos, pois ele havia visto algo diferente escrito por outro professor. O amigo mencionado fez a coisa certa: ele não disse que eu estava errado, mas buscou respostas para as dúvidas e perguntas que ele tinha. O amigo me questionou. De modo decente e inteligente, ele pediu explicações. Quando se tem alguma dúvida, deve-se buscar a resposta; deve-se perguntar. Só tem dúvida quem é inteligente. Quem não é inteligente não tem dúvida. Parabéns, amigo Jajá de Guaraciaba!

É isso! Parece-me que a vida não quer que eu publique o último texto (rs).

Ah, até o meu riso (rs), dos meus textos, é imitado por Daniel Silva. Pode imitar! O “rs” não é propriedade minha.

A PROPÓSITO: NESTE DOMINGO, EU VOU PUBLICAR MAIS UM POEMA. SÓ NÃO SEI SE AINDA SERÁ O ÚLTIMO.

Ah, os meus poemas não estão preocupados com a métrica. Os meus poemas falam de amor e de vida. A poesia deve fazer com que o leitor se sinta tocado, sensibilizado. Eu não sou parnasiano. Eu sou poeta que procura retratar a própria vida, os meus sentimentos. Os meus poemas procuram, em primeiro lugar, valorizar e mostrar a vida. A palavra é apenas um meio.

Poeticamente, sou livre! Na qualidade de pensador e professor, porém, sou rigoroso! Com humildade e agradecendo a Deus, eu digo: escrevo corretamente!

Portanto, NESTE DOMINGO é FORMA CORRETA. Por quê? Porque é o domingo mais próximo!

NESTA SEGUNDA-FEIRA, eu estarei na escola. Por quê? Porque é a segunda-feira mais próxima! Preciso desenhar?!

Ah, ele pediu uma coisa: “Não me bloqueie”. No entanto, ele já foi bloqueado. Sou livre para impedir comentários imprudentes. Eu não tenho amigos precipitados. “Mostra-me com quem andas...”

Se houver algum descuido ou erro gramatical, eu corrigirei (rs).

Sócrates andava pelas ruas de Atenas conversando com aqueles que se consideravam sábios e inteligentes. No decorrer da conversa, Sócrates descobria que seus interlocutores não sabiam o que imaginavam saber. Eles eram, pois, desmascarados por Sócrates. Eu vejo muitas pessoas formadas que imaginam saber muita coisa, quando, na verdade, não reconhecem a própria ignorância. Eu não quero apontar erros de ninguém. Todavia, quando sou desafiado, eu mostro o que eu sei. Eu preciso ser desafiado. Gosto de ser desafiado! Podes perguntar mais!

Daniel Silva (Plácido Pensar), corrige (tu) o teu texto! Volta (tu) à escola! Estuda (tu) na tua casa! Vê (tu), neste texto, o que é uniformidade de tratamento! Aprende! Tu nem imaginas o que eu imagino que tu sejas...

“Deixa a vida me levar.”

Um abraço cordial aos amigos e inimigos!

Somos todos carentes de saber.

Eu gosto do debate, mas evito debater com pessoas fracas. Eu me valorizo. Apesar disso, em certos momentos, eu preciso mostrar-me até aos fracos, para que eles se enxerguem.

Não me sinto humilde. Eu busco a humildade. Lembre-se: humildade não é rebaixar-se. Humildade é não se reconhecer superior nem inferior a ninguém. Humildade é reconhecer-se pó. Do pó eu vim. Ao pó eu voltarei.

Na minha monografia, a epígrafe é esta: “Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o homem sábio? Onde está o homem culto? Onde está o argumentador deste mundo?” (Apóstolo Paulo)

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 11/10/2014
Reeditado em 04/11/2014
Código do texto: T4994986
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