AS PALAVRAS, AS COISAS E AS PESSOAS
Nas sagradas escrituras, percebemos o poder das palavras: no livro de Gênesis observamos como o verbum é poderoso, a criação do cosmo, feito pelo poder supremo da palavra proferida por uma divindade.
Não é atual percebemos a influência das palavras, o poder de criar, transformar e destruir por meio delas. Atualmente, estamos na era de uma sociedade letrada, onde está intenso o uso de uma boa retórica.
As palavras e a linguagem são meio: distintos para fazer distinção, para persuasão, para promoção e para exclusão. O domínio das palavras promove uma pessoa, a deixa poderosa, influenciadora, dominadora e valoriza a interação.
O poder das palavras, da linguagem está nítido no discurso político, percebemos os clássicos exemplos de sofistas na atualidade, onde o homem se faz pela articulação e pela persuasão oral. Um jogo de leitura, análise e observação para aplicação de uma boa argumentação, as percepções influenciado pela linguagem e ampliado pelo repertório linguístico.
Pelo domínio verbal podemos intuir muito sobre uma pessoa. Podemos por meio de um simples diálogo intuir:
a) a faixa etária da pessoa - se ela usa muitas gírias atuais ou obsoletas;
b) o grau acadêmico - as concordâncias, seleção lexical e o domínio das construções gramaticais revelarão se a pessoa cursou ou não uma educação formal;
c) a profissão - pelo modo comportamento na fala percebemos se a profissão é nobre, intelectual ou braçal: as analogias feitas no ato verbal faz-se intuir sobre o emissor, uma associação inconsciente – uma vez que é válido o discurso de que não separamos vida pessoal de vida profissional as influências compartilhadas nas duas áreas;
d) status social afinal, educação ainda é acessada por poucos: seja pelo histórico familiar cultural ou pelo histórico financeiro e,
e) as preferências - pelo arranjo linguístico observamos se é uma pessoa mais tradicional, clássica, seus princípios, ideologias e valores. A vulgaridade é percebida na linguagem desprovida).
Conforme os tópicos apresentados, percebemos a relevância de uma boa apresentação verbal. A faculdade antiga e contemporânea da linguagem que assim como a essência da água de um rio é renovada, continuamente, para saciar a todos que dela se dispõem.