PLEONASMOS
Pleonasmo (redundância) é uma figura de linguagem utilizada para reforçar o significado de um termo mediante a repetição da própria palavra ou da ideia contida nela.
O uso bem-elaborado dessa figura de linguagem serve para embelezar e dar ênfase, sobretudo em textos poéticos: “Esse fogo que queima é paixão”.
Alguns pleonasmos no entanto, constituem um vício de linguagem e devem ser evitados, pois soam como idiotice. Vejamos alguns exemplos:
“Subir para cima ou descer para baixo”. Alguém consegue subir para baixo ou descer para cima?
“Entrar para dentro ou sair para fora”. Alguém aqui no Recanto das Letras já conseguiu entrar para fora e sair para dentro?
“Viúva do falecido” Quem já enviuvou de um vivo?
‘Elo de ligação”. Ora, se há um elo é porque já existe uma ligação.
‘Encarar de frente”. Não conheço ninguém que tenha a cara nas costas.
“Goteira no teto”. Se há uma goteira, ela só pode estar no teto, pois água na parede escorre, e no chão ela empoça.
“A brisa matinal da manhã”. Ai, meu Jesus Cristo!
DOIS PLEONASMOS FAMOSOS
“Eu nasci há dez mil anos atrás” (Raul Seixas e Paulo Coelho). O uso do verbo haver já indica a passagem do tempo.
Tudo bem, os compositores estão perdoados, afinal ficou bonitinha a rima “atrás com demais” na continuação dos versos.
“Esse coqueiro que dá coco” (Aquarela do Brasil de Ary Barroso). Pois é, ninguém é perfeito.