ASPAS E PONTO
Vamos direto ao ponto?
1ª parte:
“As aspas aparecem depois da pontuação somente quando abrangem todo o período.” (LUIZ ANTONIO SACCONI)
Isso significa:
Se o período começar com ASPAS, as ASPAS FINAIS devem ficar depois do PONTO. Ex.:
“A poesia é a luz da mocidade.” (Álvares de Azevedo)
Veja: as ASPAS finais ficaram depois do ponto. Isso aconteceu porque a frase teve início com ASPAS.
2ª parte:
O gramático LUIZ ANTONIO SACCONI afirma: “Caso contrário, a pontuação fica depois delas”.
Isso significa:
Se o período NÃO começar com aspas, o ponto deve ficar depois das últimas aspas. Ex.:
O poeta Álvares de Azevedo escreveu: “A poesia é a luz da mocidade”.
Veja: as ASPAS finais ficaram antes do ponto. Isso aconteceu porque o período NÃO teve início com ASPAS.
Obs.: Aguarde a explicação sobre as ASPAS e os pontos de interrogação e exclamação. Por enquanto, fica esta pergunta, que serve para adiantar o assunto:
“Quem foi que viu a minha dor chorando?!” (Augusto dos Anjos)
O filósofo Blaise Pascal, movido pela perplexidade, fez um belo questionamento em relação ao ser contraditório que é o ser humano: “Que quimera é, então, o homem? Que novidade, que monstro, que caos, que motivo de contradição, que prodígio! Juiz de todas as coisas, imbecil verme da terra, depositário da verdade, cloaca de incerteza e erro, glória e escória do universo”.
É assim que se faz citação com fundamento, contextualizando! Infelizmente, há indivíduos que só usam frases fora de seu verdadeiro contexto, distorcendo, pois, o pensamento do autor e a intencionalidade do enunciado.
Infelizmente, determinados indivíduos ainda não aprenderam a pensar por si mesmos. São autômatos, papagaios. Será que algum dia conseguirão exercer a arte de pensar? Eis um desafio!