Destaque “excepcional”

Ontem, durante a transmissão pela rádio do jogo do Petro de Luanda, o comentarista desportivo disse:

Job e Mabiná foram o “excepcional destaque” do jogo, José Kissanga!

Ante o exposto, alguns até poderiam aconselhar a esse comentarista: Fica quietinho aí no teu canto, narra direitinho aí o teu jogo e te aquieta, não te arrisques a ir muito além do teu sapato, que te perdes sozinho! Eu seria um deles...

Qual não foi nossa supresa quando, ao lermos o blog de conceituado crítico de literatura e professor brasileiro, deparaou-se-nos ainda isto:

Em geral, acho que a literatura tem um “destaque excepcional” entre nós, a partir de presenças fortes como o Dalton e o Leminski, por exemplo.

E, no pouco que escreve, uma questão merece análise:

1. Bem, quer nos parecer (salvo forte engano) que esse crítico de literatura está longe de ser amigo de Dalton e de Leminski. Ora, em sendo assim, por que o artigo antes dos nomes dessas duas pessoas? O artigo antes de um nome próprio indica intimidade, familiaridade. É isso o que o crítico literário tem com essas duas figuras?

A resposta fica a cargo dos autores e leitores.

Destaque “excepcional” é o quê, afinal?

É clara redundância, mas que poucos vêem.

Littera Lu
Enviado por Littera Lu em 22/03/2014
Código do texto: T4739451
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