Vernaculidade da linguagem (e os nossos autores)

Eis a questão. Há dois "grandes" autores aqui, que se dizem os papas do espaço "gramática e ortografia" do Recanto das Letras. Um deles escreve-me e-mails contestando este ou aquele ensinamento de meus "posts". Se, porém, alguém precisar saber o que é VERNACULIDADE, ou PUREZA da linguagem, vai ficar sem saber. Porque nenhum dos recantistas se debruçou sobre o assunto. Os entulhos, todavia, estão todos lá, vibrantes.

A VERNACULIDADE ou PUREZA da linguagem consiste em empregar exclusivamente construções e vocábulos próprios da nossa língua. Opõem-se à VERNACULIDADE os estrangeirismos (galicismos, anglicismos, germanismos, etc.), arcaísmos [1]; provincianismos [2], plebeísmo [3].

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Notas:

1. ARCAÍSMO é um termo a[c]tualmente caído em desuso, como por exemplo, MUI (muito), etc.

2. PROVINCIANISMO é um termo ou expressão peculiar de uma província, como por exemplo, maca (problema, em Luanda); maca (azar, no Bié); dama (mulher, em Luanda).

3. PLEBEÍSMO é uma expressão grosseira própria de gírias, como, por exemplo: gajo, papoite, bater na rocha, etc. Devemos evitar essa linguagem grosseira, ainda que saibamos que ela é usada por grandes escritores, no diálogo, mas quase sempre posta na boca de personagens marginalizadas, para melhor as caracterizarem.

(Vide António Afonso Borregana, "Gramática Universal da Língua Portuguesa", p. 273.)

Littera Lu
Enviado por Littera Lu em 05/03/2014
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