«O peixe é para almoço»
A estrutura «é para almoço» (sem o artigo definido) na frase acima é uma particularidade do português de Angola, mas em Portugal prefere-se «é para o almoço», com artigo definido.
Sim, quando acrescentamos os artigos, quaisquer que sejam, a uma palavra, independentemente do grupo ou classe gramatical, passa a substantivo. Por isso, os profundos estudiosos do idioma aconselham que não se deve dizer o seguinte: «O peixe é para o almoço» (diferente de: «O peixe é para almoço»). Naquela, está contida a ideia de «o peixe» ser dado para o «almoço», como se este fosse um (ou uma) personagem, o que não corresponde à verdade, ao passo que, nesta, há a ideia de finalidade para a qual se destina o peixe.