Personagem não é comum de dois
Napoleão Mendes de Almeida, no seu excelente Dicionário de Questões Vernáculas (Livraria Ciência e Tecnologia Editora, São Paulo, Brasil) opõe-se deste modo ao emprego de «o personagem», no masculino: «É um francesismo. Acaso, referindo-se a Pedro, pode o leitor dizer "esse pessoa"? Se Pedro é "uma pessoa", ele é também "uma personagem". Personagem não é comum de dois; tem gênero fixo, feminino: essa personagem, uma personagem, as personagens. Personagem muda (e não mudo) é expressão técnica, consagrada, para indicar a personagem que entra nas peças teatrais só para figurar.»