Assassinato
ASSASSINATO é galicismo; e, se há galicismos indispensáveis, este não é dos tais: é galicismo inutilíssimo, porque temos, em português de lei, a palavra ASSASSÍNIO.
Será que os nossos jornalistas sabem disso? Não, ainda não. Quem lê jornais em Angola está condenado. Condenado a desaprender. Vejam esta notícia de uma jornalista do Jornal de Angola [datado de 17.12.2014, p. 2], que tem mais anos de jornal que eu tenho de língua:
«A Procuradoria-Geral da República (PRG) divulgou publicamente os nomes dos suspeitos do "assassinato" de Alves Camulingue e Isaías Cassule.»
Vi nalguns dicionários que ASSASSINATO é o mesmo que ASSASSÍNIO, mas tenho escrúpulo em usar a palavra ASSASSINATO.
É escrúpulo muito louvável e realmente fundamentado.