CURIOSIDADE DE UM APRENDIZ

Um analfabeto (dos que sabem ler) faz-me uma pergunta (deixem-me escrever assim, para o fazer rabear):

1.ª __«ADN ou DNA?»__

A segunda, nem por brincadeira.

Se escrevermos para fora do espaço da lusofonia, aceito DNA, pois claro.

Sobre o tema, colhe-se o parecer sempre oportuno do grande autor e consultor linguístico D’Silvas Filho:

Na minha faceta de dedicado estudioso da língua de há mais de trinta anos, penso, porém, que devemos adoptar `entre nós´ a sigla que se tenha generalizado nos nossos hábitos linguísticos, por estar mais de acordo com a índole do idioma. ADN (correspondendo a Ácido DesoxirriboNucleico) está de acordo com a ordem básica dos constituintes em português, conveniente neste caso (substantivo, adjectivo) e não a inversa (“DesoxyriboNucleic Acid”).

2.ª __«Usar aids, por sida, é asneiras?»__

Das de calibre 18.

Os povos de língua espanhola, os quais nós, de língua portuguesa, deveríamos seguir, não dizem aids, mas sida, já que se trata de síndrome de imunodeficiência adquirida.

Só mais uma coisa: sempre com inicial minúscula; os jornalistas, além de usarem uma sigla alienígena, ainda escrevem com inicial maiúscula.

Ora, em assim sendo, resta perguntar e exigir uma resposta convincente:

Por que não escrevem também Diabetes, Malária, Câncer, Tuberculose? Ora, inicial maiúscula em nome de doença ou síndrome...