As diferenças entre a LINGUAGEM ORAL e LINGUAGEM ESCRITA.:
LINGUAGEM ORAL
• Além do emissor, exige a presença a[c]tiva do rece[p]tor.
• A emissão e rece[p]ção sucedem-se, mudando sucessivamente de sentido.
• A mensagem é facilitada pela presença dos referentes situacionais.
• Os referentes situacionais são revelados pelos gestos e pelas entoações mais ou menos intensas.
• A descrição está quase ausente.
• Uso frequente de pausas e entoações variáveis.
• Texto menos extenso.
• Uso de frases curtas, repetições, solecismos, anacolutos, frases incompletas…
• Vocabulário corrente, popular.
LINGUAGEM ESCRITA
• O rece[p]tor encontra-se geralmente ausente.
• Entre a emissão e rece[p]ção interpõe-se um espaço mais ou menos longo.
• A ausência dos referentes situacionais obriga a que se apresentem por descrição.
• Os referentes situacionais são apresentados pela descrição.
• A descrição é frequente.
• As pausas e entoações são indicadas pelos sinais de pontuação.
• Texto mais extenso.
• Linguagem mais elaborada, períodos mais longos, sem repetições, maior corre[c]ção…
• Vocabulário sele[c]cionado, mais raro.
Escreve, a propósito de tão relevante distinção, o sempre lúcido ANTÓNIO AFONSO BORREGANA:
«Considerando a relação língua falada/língua escrita num mesmo falante, facilmente se chega à conclusão de que o texto falado de um sujeito de cultura rudimentar pouco diverge do seu escrito; pelo contrário, tratando-se de um sujeito culto, haverá grande diferença entre o que ele diz e o que escreve: a sua cultura permite-lhe usar vários registos de língua.» ("Gramática Universal da Língua Portuguesa", Texto editores, 1.ª ed., 2009, p. 18 ).