O novo "Acordo Ortográfico"
O novo Acordo tem em base as variações, alterações da língua. Como é que o vamos assinar quando as nossas variações não estão lá dentro? A minha defesa não é ir à língua portuguesa, que é patrimônio/património comum de todos nós, e alterá-la. Por exemplo, como é que se escreve "Mbanza Congo"? O português, porque não tinha "Mb" registou "Banza". Mas o termo não é português! Quando alguém não conhece uma língua "bantu" como ... "Banza" não vai poder pensar que é "Mbanza" e aí a comunicação terá problemas.
Não existe nenhuma norma do português falado em Angola, existe a necessidade, cada vez mais premente, de os angolanos formados em Linguística se reunirem e verem as características da língua portuguesa falada em Angola. (Vide jornal "Cultura", edição de 30/9/13 a 13/10/13, n. º 40, Ano 2, pp. 6, 7 e 8.)
A vida tem dessas coisas. Estamos quase no final de 2013, a nova ortografia já está em vigor há mais de três anos, mas desconheço o fato/facto. E ainda faço crítica àqueles que estão rigorosamente dentro dela. Só porque escrevi no quarto "post" de acordo com a antiga ortografia, houve alguém que tivesse visto como cochilada minha o fato/fato de ter escrito ATO, com C. Refiro-me ao Sr. WILSON PEREIRA (em comentário ao meu "post" Cumprimento/comprimento (Código do texto: T4507447, datado de 2.10.13)). Pois tão ATO e ATUAL, desde o dia 1.º de janeiro/Janeiro de 2009, já não conhecem a companhia do C. Sei muito bem por quê.
"São falsos puristas os que acham que em Angola se deve falar o português como em Portugal"
Linguista Amélia Arlete Dias Rodrigues Mingas, in jornal "Cultura", edição de30/9/13 a 13/10/13, n.º 40, Ano 2, p. 7.
Quando digo que este Acordo deveria em verdade chamar-se Desacordo, encho-me razão.